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FHC acusa Lula de levar a campanha a níveis 'baixos'

Na véspera, petista acusou tucano de compra de votos para aprovar reeleição

Troca de acusações entre ex-presidentes foi registrada em convenções do PSDB e do PT no fim de semana

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

O ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) rebateu, na manhã desta segunda-feira (16), em uma rede social, as acusações feitas pelo também ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na convenção que oficializou a candidatura de Alexandre Padilha (PT) ao governo de São Paulo, no domingo.

"Lamento que o ex-presidente Lula tenha levado a campanha eleitoral para níveis tão baixos. Na convenção do PSDB não acusei ninguém; disse que queria ver os corruptos longe de nós. Não era preciso vestir a carapuça", escreveu FHC.

Na véspera, em uma referência à fala de FHC em ato que oficializou a candidatura de Aécio Neves (PSDB) ao Planalto, Lula afirmara: "Vi o ex-presidente [FHC] falar com a maior desfaçatez: É preciso acabar com a corrupção'. Ele devia dizer quem é que estabeleceu a maior promiscuidade entre Executivo e Congresso quando ele começou a comprar voto para ser aprovada a reeleição".

Lula se referia à revelação, feita pela Folha em 1997, do teor de conversas de dois deputados do então PFL que disseram ter vendido seus votos a favor da emenda que permitiu a FHC disputar a reeleição. O tucano sempre negou relação com o episódio. O caso nunca foi investigado nem pelo Congresso, nem pela Procuradoria-Geral da República.

Na postagem publicada nesta segunda-feira, FHC afirmou: "A acusação de compra de votos na emenda da reeleição não se sustenta: ninguém teve a coragem de levar essa falsidade à Justiça".

O tucano rebateu ainda outros pontos da fala de Lula no sábado. Disse não ser verdade que a oposição tentou derrubar o petista do poder em 2005, no auge da crise do mensalão. "Na ocasião, pedimos justiça para quem havia usado recursos públicos e privados na compra de apoios no Congresso, o que foi feito pelo Supremo Tribunal Federal", afirmou FHC.

No sábado, na convenção do PSDB, o tucano havia afirmado que o país não quer mais "os corruptos, os ladrões que ficam empulhando".

Em nota, a executiva nacional do PSDB afirmou que "a perspectiva de perder o poder está levando o PT a aumentar a agressividade e intolerância do seu discurso".

"Primeiro, tentaram a tática do medo. Deu errado (...). Agora, estimulam o ódio. Mais uma vez, fracassarão (...). Convocamos nossos militantes a não responder a esse tipo de agressão."

Na noite desta segunda-feira, Aécio classificou as críticas de Lula como uma "armadilha de combate que apequena a política".

"Não vamos cair nessa discussão do nós contra eles, nessa disputa de classes. O Brasil é um país generoso, temos que construir um debate de ideias", afirmou, antes de evento com representantes de veículos de comunicação na capital paulista.


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