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Greve da Cultura é suspensa em SP e Brasília
No Rio, servidores de museus decidem continuar com a paralisação iniciada em maio
Servidores do Ministério da Cultura de Brasília e de São Paulo decidiram, em assembleias na segunda-feira (16), suspender a greve que se estendia desde 15 de maio.
Já os funcionários da Cultura no Rio continuam paralisados. Em São Paulo, apenas funcionários do Iphan (Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional) e da Fundação Cultural Palmares aderiram à greve.
Funcionários da Cinemateca Brasileira e do Museu Lasar Segall não aderiram.
Segundo Raquel Nery, funcionária do Iphan em São Paulo, os servidores decidiram suspender a greve em função de liminar concedida pelo Superior Tribunal de Justiça.
O documento determina que funcionários do Iphan e do Ibram (Instituto Brasileiro de Museus) encerrem a greve e estabelece multa de R$ 100 mil por dia caso o sindicato desrespeite a decisão.
Segundo André Angulo, um dos líderes do movimento que integra a direção do Museu da República, o sindicato dos servidores da Cultura recorreu da liminar expedida pelo STJ.
Agora, segundo ele, grevistas do Rio esperam o resultado do recurso para decidir sobre a continuidade ou não da paralisação. Caso a Justiça não aceite o recurso, os trabalhadores do Rio tendem a suspender a greve também.
Grevistas, que ganham em média R$ 4.200, pedem equiparação com as demais autarquias do ministério, com tabelas de remuneração mais altas. Se as reivindicações fossem acatadas, haveria aumento de até 100% em alguns salários.
Segundo Angulo, nenhuma das reivindicações da categoria foi contemplada.
Na semana passada, a ministra da Cultura, Marta Suplicy, afirmara que turistas têm outras opções para visitar além dos museus federais, fechados por causa da greve.
"Se a coisa é tão irrelevante assim, por que mandar voltarmos ao trabalho?", diz a servidora Raquel Nery.
Procurado para comentar a suspensão, o Ministério da Cultura não se pronunciou.