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Lula ataca oposição para animar militantes

Dilma apostou em estilo ameno, enquanto aliados fizeram investidas mais agressivas contra críticos do governo

Insuflada pelo presidente do PT, Rui Falcão, plateia entoou coro contra a Rede Globo e a 'mídia fascista'

DE BRASÍLIA

O papel de cada petista na campanha ficou bem delimitado na convenção que consagrou Dilma Rousseff como candidata à reeleição. Enquanto a presidente apostou em estilo ameno, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente do PT, Rui Falcão, fizeram investidas mais agressivas contra os adversários.

O objetivo era despertar o engajamento da militância. Nos bastidores, o diagnóstico é que a base petista está desanimada. Apesar de não reconhecer isso abertamente, Lula deu pistas.

"O que vai ganhar nas eleições não é o tempo de televisão, não é só a qualidade da propaganda, é a adrenalina que a gente for capaz de demonstrar cada vez que a gente sair nas ruas", afirmou.

Falcão pediu a volta "do entusiasmo e da paixão da campanha de 1989", a primeira eleição presidencial de Lula. Para motivar a plateia, fez críticas duras ao que chamou de "arautos do pessimismo" --a mídia que, segundo ele, "golpeia, falseia, manipula, distorce, censura e suprime fatos no intento de nos derrotar".

Neste momento, o público, pequeno para padrões petistas, se inflamou: "O povo não é bobo, abaixo a Rede Globo". E seguiu: "Mídia fascista, sensacionalista".

"Esse país foi a vida inteira governado por doutores, engenheiros, intelectuais", disse Lula, numa referência velada ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso e ao PSDB.

HIGH-TECH

O evento, preparado pelo marqueteiro João Santana para servir de matéria-prima aos programas do horário eleitoral, não economizou em sofisticação. Enquanto os petistas discursavam, imagens e mensagens eram projetadas em seis telões e no púlpito.

"Esta é uma convenção elite branca'", reclamou um petista integrante do governo, vestindo uma camiseta antiga, puída, que usara na convenção de 2002, bem menos pirotécnica e pomposa.

Os militantes, símbolo da força eleitoral do PT, compareceram em número menor. O local era pequeno, e a ocupação do auditório, limitada. Enquanto as estrelas do partido discursavam, militantes barrados se aglomeravam e reclamavam do lado de fora.


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