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Cotidiano em cima da hora

Morre no Rio a feminista Rose Marie Muraro

Intelectual lutava contra câncer de medula; velório e cremação ocorrem hoje (22)

DO RIO

Morreu neste sábado (21) no Rio a intelectual feminista Rose Marie Muraro, de 83 anos, em decorrência de problemas respiratórios.

Ela lutava há uma década contra um câncer na medula óssea e nos últimos dez dias ficou internada em uma unidade de terapia intensiva.

O velório será realizado neste domingo (22) a partir das 8h no Memorial do Carmo, na zona portuária do Rio.

A cerimônia de cremação está marcada para as 16h.

Rose Marie trabalhou no período entre 1970 e 1984 na Editora Vozes, uma referência em publicações da religião católica.

Na função de editora, ao lado do teólogo Leonardo Boff, abriu espaço a temas como a emancipação e a sexualidade das mulheres, assim como à teologia da libertação.

Os dois acabaram afastados de seus cargos na editora após a repercussão negativa que suas publicações tiveram no Vaticano.

A partir de 1990, ela assumiu o cargo de diretora na editora Rosa dos Tempos, onde ficou por dez anos.

Rose Marie escreveu mais de 20 livros, entre eles "Os seis meses em que fui homem" (1993), "Sexualidade da Mulher Brasileira: Corpo e Classe Social no Brasil" (1996) e "Masculino--Feminino", em parceria com Boff e publicado em 2002.

Em 1999, ela decidiu contar a própria história na autobiografia "Memórias de uma mulher impossível".

Em 30 de dezembro de 2005, uma lei federal a reconheceu como patrona do feminismo nacional.

Rose Marie deixa cinco filhos e 12 netos.


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