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Ministro se reuniu com 'black blocs' em SP

Gilberto Carvalho, articulador do governo com os movimentos sociais, diz ter encontrado 30 adeptos da tática de protesto

Segundo ele, conversa com manifestantes que fazem depredações em atos ocorreu pouco antes do início da Copa

NATUZA NERY DE BRASÍLIA

O ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), articulador do governo junto a movimentos sociais, revelou à Folha que teve uma reunião com 30 adeptos da tática "black bloc" em São Paulo, pouco antes do início da Copa do Mundo.

Segundo ele, o encontro foi "muito tenso". "Mas não violento, respeitoso até. Porque havia um acordo de conversa. Para eles, o PSOL e o PSTU são conservadores, são à direita, e nós somos traidores, aqueles que enganam as pessoas com reformas que não vão trazer nenhuma mudança."

Carvalho afirmou ter dito ao grupo que a tática, que prega a destruição do patrimônio público e privado como forma de protesto, o "isola".

"Essa tática em grande parte contribuiu para a desmobilização das manifestações. Então acho que eles estão completamente equivocados, e cabe a nós procurar mostrar esse equívoco."

A conversa terminou sem acordo, afirmou o ministro. "Não tinha como dar acordo. Mas foi importante como aprofundamento do diagnóstico e [para] mostrar que é possível conversar."

Segundo Carvalho, a ideia do encontro foi do próprio governo. "Foi, nós buscamos. Nós procuramos abrir o debate nas 12 sedes para aqueles que eram contra a Copa."

Um manifestante, contou o ministro, chegou a jogar um rolo de papel higiênico e dizer: "isso aqui é o ingresso de vocês para a Copa".

"Fiz que o gesto não existiu. Foi importante conversar com eles", afirmou.

"É uma velha tática de criar um foco e tentar atrair a atenção imaginando que vai atrair a simpatia, o apoio e o engajamento das pessoas", concluiu Carvalho sobre a ação desses manifestantes.


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