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São Paulo 'enforca' dia de jogo, e Haddad abre mão de feriados

Cidade esticou rodízio e empresas liberaram funcionários mais cedo

Mesmo com jogo da Copa no Itaquerão às 13h e partida do Brasil às 17h, trânsito em SP foi igual ao de feriado

DE SÃO PAULO

As ruas calmas e quase vazias desde as primeiras horas da manhã indicavam: o prenúncio de colapso no trânsito em São Paulo nesta segunda (23) não se concretizou.

Tamanha tranquilidade levou a prefeitura a desistir de convencer a Câmara a decretar feriado quando houver jogo da seleção --além do confronto entre Brasil e Camarões, às 17h, em Brasília, o dia teve ainda Holanda e Chile no Itaquerão, às 13h.

Desta vez, foi tudo bem diferente da terça (17), dia em que a correria dos paulistanos para ver em casa ao jogo entre Brasil e México resultou em 302 km de vias congestionadas, o que parou a cidade.

O pico de trânsito pela manhã foi de 6 km, equivalente ao de um feriado; a média no período chega a até 80 km.

Parte da calmaria se deveu ao fato de o prefeito Fernando Haddad (PT) ter estendido o rodízio de veículos para o dia todo e dado ponto facultativo aos servidores municipais. Essas medidas foram tomadas porque a Câmara não votou projeto que tornava esta segunda (23) um feriado.

quase feriado

O feriado informal ocorreu também porque muitas empresas dispensaram funcionários mais cedo ou decidiram lhes dar folga.

"Formalmente foi ponto facultativo. Mas na prática é feriado", afirma o economista Mario Sergio de Andrade, na estação Trianon. Seus colegas usaram o banco de horas para ficar em casa.

No comércio das ruas Santa Ifigênia e 25 de Março, a regra eram portas abertas, mas com movimento reduzido.

Para driblar "o cano" de funcionários ao trabalho em dias de jogo do Brasil, houve empresas que sortearam ingressos, instalaram telões e distribuíram "kit-Copa".

No Grupo Pão de Açúcar, a estratégia foi sortear 600 ingressos para funcionários do Extra e Pão de Açúcar que atuam em unidades das cidades-sede ou perto de locais de jogos. Televisores foram instalados e os funcionários tinham comes e bebes para estimular a ida ao trabalho.

Apesar dos incentivos, a perda de produtividade e o impacto na produção, no comércio e na economia é inevitável, afirma Sergio Lex, professor de gestão e inovação no Mackenzie. (GUSTAVO URIBE, JOANA CUNHA, PAULO GOMES E CLÁUDIA ROLLI)


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