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Pressionado, Pezão muda o tom sobre Aécio

Depois de anunciar que abriria palanque para PSDB, governador do Rio agora diz que não vai 'cuspir no prato que comeu'

Antes de convenção que oficializou candidatura do peemedebista, ele disse que 'vai trabalhar pela presidente' Dilma

ITALO NOGUEIRA DO RIO

Após pressão do Palácio do Planalto, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão (PMDB), mudou o tom em relação ao seu palanque triplo e afirmou nesta quinta-feira (26) defender a reeleição da presidente Dilma Rousseff.

"Eu sou Dilma, não vou cuspir no prato que comemos por sete anos e cinco meses. Vou trabalhar pela presidente", afirmou em inauguração pela manhã, horas antes da convenção do PMDB-RJ que oficializou sua candidatura ao governo fluminense.

Na segunda-feira (23), quando PSDB e DEM oficializaram o apoio a ele, Pezão havia dito: "Meu palanque no Rio de Janeiro vai ser com os três candidatos", numa referência a Aécio Neves, do PSDB, e Pastor Everaldo, do PSC, além da petista.

Até então, Pezão tinha como conduta o distanciamento da candidatura de Aécio, evitava aparecer nos atos da chapa apelidada de "Aezão" e era apontado como o principal sustentáculo de Dilma no PMDB do Rio.

A declaração de segunda contrariou o Planalto. O ministro Gilberto Carvalho conversou com Pezão na manhã de quarta (25) e cobrou posicionamento favorável a Dilma. No dia seguinte, veio a manifestação do governador, com a confirmação do apoio à reeleição da petista.

A despeito da postura do candidato ao governo, grande parte dos deputados, prefeitos e vereadores do PMDB do Rio farão campanha por Aécio Neves.

O movimento surgiu após a confirmação da candidatura de Lindbergh Farias (PT) ao governo do Rio _ o PMDB cobrava o apoio do PT a sua chapa no Estado.

A ordem no PMDB é dar cada passo em direção a Aécio sincronizado com as ações do PT no Rio. "A cada ação é uma reação", disse um dos estrategistas da campanha peemedebista.

'EVEZÃO'

Durante a convenção desta quinta, deputados do PMDB defenderam a chapa "Aezão" antes da chegada do governador. Único presidenciável no evento, Pastor Everaldo discursou ao lado de Pezão e defendeu a chapa "Evezão", numa referência à própria candidatura.

Em seu discurso, Pezão fez ataques indiretos ao PT por abandonar sua candidatura. A sigla participou por sete anos e três meses do governo, antes de sair e lançar candidatura própria.

"Nós respeitamos os partidos coligados. Todos os partidos que se aliaram com a gente, cresceram nesses sete anos. Cresceram em número de prefeituras, tiveram autonomia para indicar subordinados em suas secretarias", disse Pezão, na quadra da escola de samba São Clemente, no centro do Rio.

O Planalto avalia que o movimento "Aezão" é irreversível na base do PMDB fluminense.

Contudo, quer manter o apoio declarado de Pezão.


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