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A Copa como ela é

'Certamente' foi um erro de engenharia, diz prefeito

Prefeitura acompanhou projeto e obra do viaduto, afirmou Márcio Lacerda

Construtora lamentou ocorrido e disse que iniciou investigação própria para saber causas do desabamento

DE BELO HORIZONTE DE SÃO PAULO

O prefeito de Belo Horizonte, Márcio Lacerda (PSB), afirmou nesta quinta-feira (3) que o desabamento de um viaduto que deveria ter ficado pronto para a Copa "certamente" foi causado por algum erro de engenharia.

"No futuro, depois de tudo apurado, certamente vai se descobrir algum erro de engenharia, seja de projeto, seja de construção", disse.

Lacerda afirmou ainda que "acidentes como esse infelizmente acontecem" e que o momento é de "lamentar" o ocorrido, mas que as responsabilidades serão apuradas.

"Não sabemos se é falha de projeto ou de construção. Serão feitas todas as perícias, um inquérito policial será aberto e essa análise será feita com cuidado", disse.

Questionado sobre a fiscalização da obra, o prefeito afirmou que o projeto e a construção do viaduto foram acompanhados pela prefeitura. "O projeto foi feito por uma empresa de tradição, renomada, que ganhou licitação. Houve um erro, certamente, mas o inquérito vai apurar responsabilidades."

A prefeitura informou que foi criado um comitê composto por técnicos da Secretaria Municipal de Obras e Infraestrutura, da Defesa Civil, da construtora Cowan (responsável pelas obra) e da Consol (responsável pelo projeto).

O grupo vai levantar dados sobre o acidente, elaborar "criterioso diagnóstico das causas" e definir as providências que serão tomadas.

A Cowan lamentou "profundamente o ocorrido" e informou não estar "medindo esforços para oferecer o apoio necessário às vítimas". A empresa disse que uma equipe técnica própria já começou a investigar o acidente.

O custo inicial da obra, que inclui a duplicação da av. Pedro 1º e três viadutos, incluindo o que ruiu, é de R$ 171,7 milhões, sem contar aditivos. A informação é do portal Copa Transparente, do Congresso, que acompanha os gastos públicos com o Mundial.

O prefeito decretou luto de três dias na cidade e disse que o viaduto será demolido assim que possível para abrir uma ou mais pistas da av. Pedro 1º. Ele afirmou que era normal o trânsito na via estar liberado porque a obra já passava por acabamento.

A Cowan afirma que logo após o acidente enviou equipes ao local para remover a estrutura restante e que os trabalhos "devem se estender pelos próximos dias".

A construtora disse que providenciou o escoramento do viaduto vizinho ao que desabou, mas não informou se ele também foi afetado.

O Crea-MG (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia) informou que também vai apurar os fatos e que "tomará as devidas providências conforme a legislação".

O vereador Iran Barbosa (PMDB), que dirigia próximo ao local no momento do acidente, afirmou que vai propor a abertura de uma CPI e convocar os responsáveis pela obra para prestar esclarecimentos na Câmara.


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