Folha de S.Paulo

Pra gringo ver

Por outro lado

Começou na transmissão da BBC. O comentarista Chris Waddle criticou os brasileiros faltosos, que param o jogo. Aliás, se levarem no fim, será "a pior seleção a vencer uma Copa". Mal acabou o jogo e Brian Homewood, da Reuters, destacou que o Brasil abusou da "falta tática", anotando porém que "a Colômbia também se envolveu". Chegou sábado e, entre outros, o "New York Times" foi atrás --seguido por alguns brasileiros-- acrescentando que no Brasil "não vão gostar de ouvir, mas os colegas de Neymar merecem sua parcela de culpa", pois "contribuíram para o ambiente de ausência de lei que levou à agressão de Neymar".

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O Brasil já venceu No dia do jogo, Simon Kuper, referência de colunista de futebol na Europa, publicou "Por que o Brasil já venceu" no "Financial Times". De todas as sete Copas que ele já cobriu, "esta é a melhor", por diversas razões. Kuper ressaltou duas: "o Brasil", pelas praias, não só pelos estádios, e "os brasileiros", que não se deixam abater.

Tensão, exaustão Também antes de Brasil vs. Colômbia, a "New Yorker" escreveu sobre a "desaceleração" da Copa, nas oitavas. "Quaisquer que sejam as razões, os resultados têm priorizado a pressão, não a posse de bola, impondo homogeneidade estilística." E, "a certa altura, tensão demais se torna exaustiva".

Sob pressão 1 Em destaque na home do "Guardian", sábado, a Fifa, questionada no Brasil, "prometeu examinar a falta que encerrou a Copa para Neymar depois que fraturou a vértebra".

Sob pressão 2 A mesma Fifa programou mensagens contra a discriminação, antes dos jogos, após ser "acusada de não levar o racismo a sério na Copa" --em destaque no "Guardian", quinta. A entidade havia recebido e ignorado proposta da organização Fare, para que indicasse agentes contra o preconceito, nos próprios estádios. O tema persiste nas quartas de final, com longa reportagem do site "Vice" sobre a discriminação racial que caracteriza, especificamente, a torcida brasileira.

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"O Brasil está ganhando feio, mas não vai se desculpar. Os torcedores compreendem"

ANDREW DOWNIE
da Reuters, lembrando que o país jamais esqueceu a "derrota gloriosa" de 1982"