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A Copa como ela é

Dirigente usa ingressos do BB para levar família a jogo

Aldemir Bendine, presidente do banco, foi com mulher e filha à abertura da Copa

Entradas de agência vinculada ao governo foram utilizadas por ministro para ir com familiares a estádios

FILIPE COUTINHO DE BRASÍLIA

Dois dirigentes da cúpula do Banco do Brasil foram à abertura da Copa, em São Paulo, a título de "representação institucional" da empresa. Aproveitaram e levaram junto familiares para assistir a partida entre Brasil e Croácia.

O presidente do BB, Aldemir Bendine, usou ingressos comprados pela instituição para levar a mulher e uma filha, segundo a Folha apurou. O banco tem o governo federal como principal acionista.

Bendine ciceroneou convidados como clientes VIPs, a exemplo do que faz a concorrência. No total, o pacote de marketing tinha 30 entradas.

Pelas regras do banco, é liberada a ida para "participação institucional", desde que o convite venha "de entidade pública estadual ou municipal, ou das empresas do conglomerado". A norma não diz nada sobre familiares.

O vice-presidente corporativo Antônio Maurício Maurano viu o mesmo jogo, com um acompanhante, no camarote da Cielo --fornecedora de serviços como as máquinas de pagamento em cartão.

A empresa tem o banco como um dos principais sócios.

Em nota, o BB diz que os dois estiveram no jogo como representantes do banco e não comenta a ida de parentes.

O caso não é um fato isolado. Segundo a "Veja" desta semana, representantes do Ministério do Desenvolvimento foram a jogos com familiares usando ingressos comprados por um órgão vinculado à pasta, a Apex-Brasil (agência de promoção de exportações). Entre eles, o ministro Mauro Borges e assessores.

O ministério diz que autoridades, entre elas o ministro, "foram escaladas para colaborar no esforço" de promoção comercial do Brasil.

Por se tratar de ocasião "social e de representação político-institucional", diz, os convites preveem acompanhante, em geral familiar de primeiro grau ou equivalente.


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