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Campanha começa com ataques a Dilma e ao PT

Em SP, Aécio acusou gestão petista de tentar tirar proveito político da Copa

Em Brasília, Campos disse que o PT deveria reconhecer que sua gestão fracassou; Dilma apenas lançou site

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

A campanha eleitoral de 2014 começou oficialmente no domingo (6) com ataques dos principais adversários de Dilma Rousseff (PT) à sua candidatura à reeleição e ao PT.

Em segundo lugar no Datafolha, com 20%, o tucano Aécio Neves criticou o uso político da Copa do Mundo pelo governo petista, ainda que sem citá-lo diretamente.

Eduardo Campos, que larga em terceiro, com 9%, afirmou que o PT, partido ao qual era aliado até o ano passado, deveria ter a "humildade" de dizer que fracassou.

A campanha do PSDB foi deflagrada em São Paulo, onde Aécio visitou uma feira sobre a cultura japonesa.

Acompanhado do governador de São Paulo e candidato à reeleição, Geraldo Alckmin (PSDB), do candidato tucano ao Senado José Serra e da cúpula do PSDB paulista, Aécio disse que pretende reverter a vantagem de Dilma, hoje com 38%, explorando o sentimento dos que "estão cansados do que está aí".

"Alguns acham que podem confundir Copa do Mundo com eleição. Não, o brasileiro está suficientemente maduro para perceber que são coisas diferentes. Falo isso porque vejo uma tentativa de uma certa apropriação desses eventos para o campo político", afirmou.

Pesquisa Datafolha mostrou que o orgulho com a realização do Mundial saltou de 45% para 60%. De carona nisso, as intenções de voto em Dilma avançaram de 34% para 38%. Em discursos recentes, a petista tem exaltado o orgulho em relação à Copa e criticado os "pessimistas" que, segundo ela, "anunciavam o caos".

Neste domingo (6), ao contrário de seus principais adversários, Dilma não foi para a rua, mas inaugurou sua página na internet dedicada à reeleição.

A petista gravou um vídeo para comemorar a estreia do portal no qual apresenta-se como a presidente que "ajudou a criar o primeiro Marco Civil da Internet". Um dos canais de comunicação do site é o Dilma "Rousselfie", espaço para internautas enviarem "selfies" tiradas com ela.

FAVELA

Já Eduardo Campos deu início à campanha em Sol Nascente, comunidade próxima à Esplanada dos Ministérios, em Brasília, que disputa com a Rocinha, no Rio, o título de maior favela da América Latina. Ao lado da vice, Marina Silva, concedeu uma entrevista a jornalistas sobre um amontoado de lixo na via central do bairro.

"Não se pode admitir que, a 35 quilômetros do Palácio do Planalto, em um Estado governado pelo mesmo partido [que o governo federal], você ande em uma comunidade que sequer tem o lixo retirado das ruas. Não deveriam nem disputar a eleição, deveriam ter a humildade de dizer que fracassaram", disse Campos, referindo-se ao PT.

O pernambucano era aliado de Dilma e seu partido, o PSB, tinha cargos no governo do PT até setembro. Ele também apoiou os oito anos da gestão do ex-presidente Lula, de quem foi ministro da Ciência e Tecnologia.

Apesar de este domingo (6) marcar o início oficial da campanha que definirá o 41º presidente da República --ou a reafirmação da 40ª, no caso de reeleição de Dilma--, nos bastidores os candidatos consideram agosto como o início real da disputa.

No dia 19 do mês que vem, começa o horário eleitoral gratuito, que reservará aos presidenciáveis dois blocos diários de 25 minutos, três vezes por semana, além de propagandas diárias nas emissoras de rádio e TV. Dilma ficará com 46% desse espaço, Aécio terá 18,7% e Campos, 8,5%.

As campanhas podem desde este domingo organizar comícios, carreatas, usar carros de som e fazer a distribuição de santinhos e panfletos. Também podem começar a, oficialmente, arrecadar dinheiro para a corrida eleitoral.


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