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Site de campanha de Dilma cita índice de inflação subestimado

Material de petista afirma que taxa de 2014 será de 5,5%, enquanto economistas e o próprio BC preveem 6,4%

Assessores eleitorais da presidente dizem ter usado como referência relatório do Ministério do Planejamento

VALDO CRUZ ANDRÉIA SADI DE BRASÍLIA

Considerado um dos principais inimigos da presidente Dilma Rousseff na campanha eleitoral deste ano, o índice de inflação é tratado sob uma ótica mais otimista no site oficial da candidata petista à reeleição.

Enquanto o mercado e o próprio Banco Central preveem uma inflação de no mínimo 6,4% em 2014, a página de Dilma na internet cita uma previsão de "especialistas" de que o IPCA, índice oficial do sistema de metas, pode fechar o ano em 5,5%.

Confirmada a visão otimista desses especialistas ouvidos pela equipe da petista --cujos os nomes não são citados--, os assessores presidenciais escreveram que "a taxa média [de inflação] do governo Dilma será de 5,95% [abaixo do teto da meta, que é de 6,5%] e bem menor que a média dos oito anos de governo FHC (9,24%)".

Ao considerar estimativa que não é respaldada nem mesmo pelo BC, a equipe de campanha faz um esforço para diminuir a inflação média dos quatro anos do mandato.

Pela conta da campanha, a variação média do índice de preços ficará abaixo de 6%.

Se confirmada as previsões do BC de Dilma, esta taxa pode alcançar 6,16%, perto do teto. Pelas contas do Ministério da Fazenda, a alta dos preços neste ano deve ser de 6%.

Lançado no domingo, primeiro dia oficial de campanha, o site de Dilma lista programas e ações nos quais a presidente teria tido sucesso. Entre eles, o "controle da inflação, dentro da meta há dez anos consecutivos", ilustrado com a imagem de um dragão sentindo dor na cabeça provocada por uma estrela vermelha, símbolo do PT.

O texto diz que "os governos Dilma e Lula têm um feito a comemorar: há dez anos a inflação do Brasil está dentro da meta fixada para o ano. Nunca o país viveu um período tão longo de estabilidade econômica". Meta que, neste ano, está ameaçada.

O estouro pode ser evitado por manobras do governo, que tem segurado o reajuste dos preços dos combustíveis e empurrado para 2015 o que pode de aumento das contas de energia elétrica.

Em seu último relatório de inflação, o BC prevê que o IPCA fechará o ano em 6,4%. Já o relatório de mercado divulgado pelo mesmo BC, chamado de Focus e que ouve opinião de economistas, estima a inflação em 6,46%.

Procurada, a assessoria da campanha de Dilma disse que a projeção de 5,5% está no relatório do Ministério do Planejamento de avaliação de receitas e despesas do 2º bimestre de 2014. No documento, a estimativa é de 5,60%, taxa desacreditada no próprio governo.


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