Folha de S.Paulo

Pra gringo ver

O Sol se levantou

Os alemães, a começar de seu ministro das finanças, ficaram muito constrangidos com o resultado e "as crianças brasileiras chorando", destacou o "Wall Street Journal". "Vox" e "Atlantic", entre outros, criticaram a transmissão, nos Estados Unidos, de "clipes sobre clipes de brasileiros chorando".

E já sobram análises dizendo, na principal chamada do "WSJ", que o "Brasil vai ficar bem". Abrindo o texto, "Sabe o que aconteceu no Brasil? O Sol se levantou. As pessoas foram para o trabalho. A vida continuou". A "Economist", na mesma linha, até sublinhou tuíte de um jornalista da Bloomberg: "O Brasil agora é como qualquer outra democracia velha e chata: capaz de organizar a Copa, incapaz de vencê-la".

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PESADELO Christiane Amanpour festejou a 'exclusiva' com a presidente no Twitter; 'Dilma me diz que nunca, nem nos seus maiores pesadelos, imaginou tal derrota (futebolística)'

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Nação Em frase destacada na CNN, a presidente brasileira também falou para Amanpour que "ser capaz de reagir à derrota é a marca de uma grande nação".

Debacle e eleição Ao fundo, a "Economist" anotou que a eliminação da Copa "foi tão terrível que até os rivais de Dilma na eleição podem tentar pôr a debacle para trás e não usá-la para marcar pontos políticos". A Reuters foi um passo além e despachou longa análise-reportagem de Anthony Boadle, intitulada "Debacle do Brasil na Copa dói, mas não muda o jogo eleitoral".

US$ 1 bi Na Bloomberg, Leonid Bershidsky escreve de Berlim que o jogo não foi tão "inimaginável, incompreensível, inconcebível", como manchetou o "Frankfurter Allgemeine". Diz que "todo o sistema alemão de futebol trabalha desde 2001 para este momento". A Bundesliga diz que desde então os clubes investiram US$ 1 bilhão nas categorias de base.

- US$ 2,3 bi E na Reuters a derrota "estimula cobranças de reforma" no futebol brasileiro. Ouve, de um analista, que a dívida dos 20 principais clubes brasileiros alcança US$ 2,3 bilhões.