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Após ser condenado pela Justiça, Arruda se diz vítima de 'tapetão'

Tribunal de Justiça do DF condenou candidato a governador por improbidade administrativa

PSOL tenta impugnar registro da chapa, mas jurisprudência do Supremo sobre a Ficha Limpa favorece Arruda

AGUIRRE TALENTO MARIANA HAUBERT DE BRASÍLIA

O ex-governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (PR), disse nesta quinta (10) que querem lhe tirar da eleição "no tapetão" e que vai "até o fim" com sua candidatura ao governo do DF --no dia 9 Arruda foi condenado em segunda instância por improbidade administrativa no caso do "mensalão do DEM".

O PSOL no Distrito Federal protocolou no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) um pedido de impugnação da candidatura dele ao governo local.

Para o partido, que classifica a participação de Arruda nas eleições como "atrevida e petulante", não há dúvidas de que ele está inelegível.

Arruda convocou uma entrevista para reiterar que a condenação ocorreu após o registro da candidatura, no dia 5 de julho, e que poderá concorrer: "Sou candidato ao governo e vou até o fim".

Na quarta, a Segunda Turma Cível do Tribunal de Justiça do DF condenou Arruda por 2 votos a 1. Como é uma condenação em 2ª instância, ele se tornou ficha suja pelos critérios da Lei da Ficha Limpa. A jurisprudência do STF, porém, sinaliza que a condenação teria de ter ocorrido até o dia 5 de julho para impedir a sua participação no pleito.

Na condenação, dois desembargadores entenderam que o delator do esquema, Durval Barbosa, deu dinheiro à deputada Jaqueline Roriz (PMN-DF) a mando de Arruda em troca de apoio no pleito de 2006, no qual ele foi eleito governador. O terceiro desembargador disse não ter visto provas da culpa de Arruda.

O ex-governador repetiu que foi vítima de um golpe engendrado pelo PT: "Nunca existiu o tal mensalão do DEM. Todas aquelas fitas são anteriores ao meu governo".

"Mais uma vez querem ganhar no tapetão, ganhar por W.O.", declarou Arruda.

O processo que condenou Arruda em 2ª instância estava com a tramitação suspensa por liminar do Superior Tribunal de Justiça, mas o presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa, derrubou a liminar e ordenou a realização do julgamento.

A Procuradoria Regional Eleitoral do DF divulgou nota nesta quinta dizendo que Arruda não poderá assumir o cargo caso seja eleito: "No entanto, isso só vale se a decisão do tribunal for mantida até a data da diplomação. Eles ainda podem recorrer aos tribunais superiores".


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