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Doleiro pagou voo, diz dono de jatinho usado por Vargas

Proprietário de aeronave usada por deputado nega conhecer Alberto Youssef, preso pela PF

MARIANA HAUBERT DE BRASÍLIA

O empresário Bernardo Tosto --sócio da Elite Aviation, empresa dona do jatinho emprestado pelo doleiro Alberto Youssef ao deputado André Vargas (sem partido-PR) para uma viagem de férias em janeiro deste ano-- confirmou que foi o doleiro quem pagou pelo voo.

O empresário falou sobre o caso ao Conselho de Ética da Câmara, que investiga Vargas por quebra de decoro parlamentar devido ao envolvimento com Youssef, preso desde março pela Polícia Federal sob a acusação de comandar esquema bilionário de lavagem de dinheiro.

Tosto foi arrolado como uma das oito testemunhas indicadas pelo relator do caso, o deputado Júlio Delgado (PSB-MG), mas não aceitou depor pessoalmente --respondeu por escrito a 12 perguntas.

Em março, a Folha revelou que Vargas usou o jatinho emprestado pelo doleiro para uma viagem de férias com a família em João Pessoa (PB).

Na resposta enviada ao Conselho de Ética, Tosto confirma que foi feito um vôo comercial em 2 de janeiro de Londrina (PR) a João Pessoa e que uma nota fiscal foi emitida para o serviço prestado. Disse ainda que outra empresa de aviação, não identificada por ele, foi quem fez o contrato com a Elite Aviation.

Tosto negou conhecer Youssef e Vargas. Disse ter ficado sabendo do uso do avião por meio do noticiário.

O relator planeja concluir a instrução do processo em 40 dias. O advogado de Vargas, Michel Saliba, alega, porém, que o prazo é curto. "Se querem um processo sério, é preciso garantir o direito de defesa", disse.


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