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Janio de Freitas

Certo e errado

Na sua hora da verdade, as previsões teriam cedido à realidade de que a inversão estava nelas

Tudo o que era para dar errado, deu certo. E o que daria certo, deu errado. A segunda inversão é mais fácil de entender do que a primeira, ao menos na parcela de causas superficiais, e já apontadas em boa quantidade. A primeira pede reflexão, averiguações, ponderação de hipóteses. Não se sujeita a imediatismos.

Cabe até perguntar, no primeiro caso, onde e quando esteve a inversão. Pode ter sido em uma conjunção de esforços, acasos, sorte, bons propósitos, e outros incontáveis impulsos a favor do bom andamento do que estava previsto desandar, fatalmente, em fracassos e vexames. Mas também é possível que nem tenha havido inversão na passagem das previsões para os fatos. Na sua hora da verdade, as previsões, as expectativas densas, e humilhantes por antecipação, teriam cedido à realidade de que a inversão estava nelas. Eram elas.

Uma sugestão perigosa, mas tentadora.

DOS CRIMES

Há coisa de um mês, a TV Record exibiu uma reportagem com indícios e indagações contrários ao encerramento do inquérito policial sobre a tragédia da família Pesseghini e o pedido de arquivamento pelo Ministério Público de São Paulo. A reportagem não teve repercussão em jornais, como é próprio do que não seja transmitido pela Globo.

Ouvidos no trabalho de TV, os pais do casal de PMs assassinados apresentam, agora, mais um argumento para a retomada das investigações, exposto na Folha pelo repórter Rogério Pagnan. Há um motivo a mais para que o secretário Fernando Grella, da Segurança paulista, viesse a prestar atenção especial a esse caso dado por concluído com a atribuição, inconvincente, dos assassinatos ao filho de 13 anos do casal, matando-se depois de incompreensível intervalo.

Andreia Pesseghini, não muito antes de morrer, denunciou a superiores na PM a ocorrência de corrupção e outras ilegalidades por parte de integrantes da corporação.

Trata-se de um caso, já por si difícil, daqueles em que uma polícia está sujeita às pressões de parte da outra --a parte já denunciada como criminosa. Riscos que se estendem aos parentes das vítimas e outros inconformados com o arquivamento do inquérito.

POIS SIM

As Copas têm um defeito básico: terminam. No nosso caso, deixando-nos uma convicção: "é preciso reformar o futebol brasileiro". Onde caímos, porém, terminada a Copa? "Interlocutores acham que Dilma quer... Aécio diz que Dilma... Dilma acha que a oposição... Campos avalia que o governo...".

O futebol é só mais um nome na lista do que precisa ser reformado, pôde ser e não foi, nem será.


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