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Justiça solta ativistas, mas torna réus 23 acusados de violência

Vinte e um manifestantes suspeitos de participar de atos violentos no Rio tiveram sua prisão preventiva decretada

Foram incluídos na denúncia Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, acusados pela morte de Santiago Andrade

LUCAS VETTORAZZO DO RIO

No mesmo dia em que a Justiça, em segunda instância, determinou a liberação de cinco ativistas que estavam presos no Rio, suspeitos de participar de protestos violentos, 23 pessoas --incluindo três que tiveram a liberdade concedida-- se tornaram réus em processo por associação criminosa armada para esses protestos.

A Justiça aceitou denúncia do Ministério Público contra os ativistas nesta sexta-feira (18). Também foi aceito pelo Judiciário pedido de prisão preventiva de 21 acusados.

Entre os incluídos na denúncia de formação de quadrilha armada estão os manifestantes Fábio Raposo e Caio Silva de Souza, acusados de terem acendido o rojão que matou o cinegrafista Santiago Andrade, durante protesto no dia 6 de fevereiro.

Parte dos denunciados estava no grupo de 19 pessoas presas em operação deflagrada na véspera da final da Copa do Mundo, no último sábado (12). Alguns dos que estavam foragidos também foram denunciados. Cinco pessoas que estavam entre os presos e foragidos não foram incluídas na denúncia do Ministério Público.

A acusação ocorre depois que 12 dos presos tiveram a liberdade determinada, na terça (15), e outros cinco, nesta sexta. Os 12 deixaram a cadeia na madrugada de quinta. Três dos cinco restantes não deixarão a carceragem, pois o novo pedido de prisão contra eles foi aceito antes que saísse o alvará de soltura em razão do habeas corpus concedido horas antes.

Na denúncia, o promotor Luís Otávio Figueira Lopes, da 26ª Promotoria de Investigação Penal, afirma que, "em período iniciado após o mês de junho de 2013 e que estendeu-se até o presente momento, os denunciados associaram-se com a finalidade de praticar, no contexto das manifestações, crimes diversos como: posse de artefato explosivo, corrupção de menor, dano básico e qualificado, resistência e lesão corporal (consumada e tentada)".

"No curso da investigação, puderam ser identificados diversos grupos, cujos objetivos declarados seriam lícitos --organização de protestos e difusão de ideias que contestam o status quo vigente--, mas que conteriam indivíduos cuja atuação seria dirigida, de fato, para a prática de atos violentos e de confronto. Tais atos são incentivados por lideranças e, em geral, praticados por indivíduos que adotam a tática denominada black bloc", diz a nota do Ministério Público.

O órgão informa que, com o aumento dos protestos, houve uma tentativa de unificação dos grupos que protestavam na FIP (Frente Independente Popular). Segundo o Ministério Público, foram identificados como lideranças da FIP os denunciados Elisa Quadros Pinto Sanzi, a "Sininho", Igor Mendes da Silva, Leonardo Fortini Baroni Pereira, Emerson Raphael Oliveira da Fonseca, Camila Aparecida Rodrigues Jourdan, Felipe Proença de Carvalho Moraes, Luiz Carlos Rendeiro Junior, conhecido como "Game Over", e Drean Moraes de Moura Corrêa, conhecido como "DR". A defesa dos ativistas afirma que vai recorrer.


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