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Governo nega ter ajudado Maluf em processo

Senadores da oposição criticam interferência do ministro José Eduardo Cardozo no caso

DE BRASÍLIA

O Ministério da Justiça divulgou nota nesta quinta (24) para afirmar que adotou "procedimento adequado" ao solicitar à Justiça dos Estados Unidos que o deputado Paulo Maluf (PP-SP) prestasse depoimento no Brasil em processo a que responde no país.

Na nota, o ministério disse que não houve "qualquer beneficiamento extraordinário" ao deputado e que o mesmo procedimento será adotado pelo órgão em "quaisquer casos similares" requeridos por qualquer cidadão brasileiro.

Maluf relatou o teor da ajuda em entrevista ao programa "Poder e Política", da Folha e do UOL. O fato foi confirmado pelo Ministério da Justiça --a pasta informou ter enviado o pedido porque esta é a praxe.

Maluf e seu advogado procuraram José Eduardo Cardozo mais de uma vez nos últimos dois anos para tratar do tema. O deputado é citado num processo de possível evasão de divisas --o que ele nega-- e a Justiça dos EUA o trata como foragido. Por essa razão, desde 2009, a Interpol exibe em seu site uma foto de Maluf como "procurado".

Congressistas da oposição criticaram o ministro. Presidente do DEM, o senador José Agripino Maia (RN) disse que as "recentes alianças" de Maluf lhe asseguraram a atenção do governo: "Não cabe interferência de uma autoridade brasileira principalmente [em] se tratando de uma figura controversa como Maluf".

O senador Alvaro Dias (PSDB-PR) disse que o gesto de Cardozo é uma "retribuição" ao apoio que Maluf tem dado ao PT desde 2012: "Essa não é uma atitude republicana do governo brasileiro".


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