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Eleições 2014

Campos centraliza gestão dos comitês depois de incidente

Campanha vai exigir que os simpatizantes preencham formulário em que prometem ajudar sem remuneração

Núcleo de articulação e mobilização da chapa agora fará uma triagem antes que os candidatos inaugurem o local

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

O comando da campanha de Eduardo Campos, candidato à Presidência pelo PSB, decidiu centralizar a gestão dos comitês voluntários. A campanha vai criar uma ferramenta on-line para formalizar a relação com quem irá receber as "Casas de Eduardo e Marina", esclarecendo que o simpatizante da chapa não receberá dinheiro em troca do apoio à candidatura.

As medidas foram adotadas na manhã desta terça (29), um dia depois de a vice de Campos, Marina Silva, sofrer constrangimento em público por causa das declarações do dono de uma casa em Osasco, na Grande São Paulo.

Edivaldo Manoel Sevino afirmou que "esperava receber unzinho" pela iniciativa de abrigar um ponto voluntário de distribuição do material de campanha e criou uma saia justa para a ex-senadora, defensora do engajamento político espontâneo.

A partir de agora, ficou decidido que as casas visitadas por Campos e Marina serão de responsabilidade do núcleo de articulação e mobilização da campanha, coordenado por Pedro Ivo e Milton Coelho. Ambos farão o contato com as famílias e uma visita preliminar, antes de os candidatos irem pessoalmente ao local das inaugurações.

Além disso, todas as pessoas que quiserem abrigar um comitê deverão preencher um formulário on-line --que deve estrear no site da campanha ainda nesta semana--, em que se comprometem a ser voluntárias, ou seja, sem expectativa de remuneração.

"A proposta é que ali a pessoa se disponha a ser voluntária para evitarmos qualquer tipo de confusão", explica Carlos Siqueira, coordenador-geral da campanha. "Eduardo e Marina vão inaugurar apenas casas que estejam dentro dessa triagem."

O recrutamento de quem abriga um comitê voluntário hoje é feito via e-mail e com ajuda de lideranças locais.

Na reunião do comando da campanha, a avaliação foi a de que "terceirizar" a escolha da casa gerou o grande problema para a equipe em Osasco. O líder comunitário José Ângelo da Silva, conhecido como "Pernambuco", teria feito a oferta de dinheiro a Edivaldo. Ele é ligado a Reinaldo Mota, representante da Rede e candidato a deputado estadual pelo PSB, e ajudou bastante na mobilização.

AGENDA NEGATIVA

Apesar da polêmica, a ordem foi não deixar que as "Casas de Eduardo e Marina" se tornem uma agenda negativa na campanha. Aliados de Campos reclamam da "atenção excessiva" que o candidato tem dado aos compromissos articulados pela vice e defendem posição mais independente do presidenciável.

Por outro lado, ponderam, Marina ainda é o trunfo para ganhar votos e as atividades com ela não devem ser abandonadas por completo.

Em 2010, quando estreou a prática, foram inauguradas 2.800 "Casas de Marina". A meta neste ano é chegar a 3.500 "Casas de Eduardo e Marina", com inauguração presencial dos candidatos de pelo menos uma por Estado. Elas serão visitadas pelos dois até o fim da campanha.


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