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Eleições 2014

Temer pressiona Skaf por apoio a Dilma em São Paulo

Vice da petista promete engajar PMDB mesmo sem aval do candidato ao governo

Após Skaf sinalizar que não abrirá espaço para a presidente, integrante da campanha do PT o chamou de 'amador'

MÁRCIO FALCÃO ALEXANDRE ARAGÃO DE SÃO PAULO

A formação de um palanque duplo para a campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT) em São Paulo abriu uma crise no PMDB e provocou desgaste entre o candidato do partido ao governo, Paulo Skaf, e seu principal fiador, o vice-presidente Michel Temer.

Diante da resistência de Skaf, a legenda prepara reação para forçá-lo a mudar de posição. A ofensiva começou na terça (29) com um telefonema de Temer para Skaf. Ele avisou que, mesmo sem aval do candidato, mobilizará o PMDB para Dilma no Estado.

Segundo interlocutores, Temer foi enfático ao informar Skaf que o PMDB de São Paulo vai apoiar a reeleição de Dilma e que não cabe outra posição ao diretório.

O vice-presidente tem o apoio de outros dirigentes de seu partido, o que deixa Skaf isolado em sua posição contrária a Dilma e aumenta a pressão para que a campanha mude o mais rapidamente.

O assunto não foi tratado oficialmente pela executiva estadual do PMDB, mas Temer prepara uma reunião para cobrar engajamento de deputados estaduais e prefeitos em atos a favor de um novo mandato de Dilma.

"Estar contra Dilma é estar contra Temer", afirma um dirigente do PMDB no Estado.

Também deve ser elaborada uma nota confirmando o empenho do PMDB paulista na campanha à reeleição da presidente e de Temer.

Caso Skaf decida por fechar questão e manter o posicionamento de embate ao PT corre o risco de perder de vez o apoio da máquina pemedebista em sua campanha.

Dirigentes do PMDB que falaram à Folha em reservado dizem que a situação é delicada para Temer não apenas por ser candidato à reeleição na chapa de Dilma, mas também porque foi o principal responsável por bancar o candidato em São Paulo.

"É constrangedor para o Michel, ele que inventou a candidatura do Skaf", afirma um interlocutor de Temer.

REAÇÃO PETISTA

No Planalto, a avaliação é de que a posição de Skaf passou a ser um problema e tem potencial até para ampliar o desgaste de Dilma no maior colégio eleitoral do país.

O responsável por rebater os ataques do candidato peemedebista foi o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, coordenador da campanha de Dilma em São Paulo.

"Achei que ele [Skaf] é amador na vida pública", disse Marinho, na terça (29). "Mas nós temos que ter paciência e generosidade."


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