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CPI da Petrobras no Senado teve questões combinadas, diz revista

Segundo a 'Veja', Graça Foster e ex-dirigentes da Petrobras sabiam teor de perguntas antes de depor

Informação é baseada em vídeo que mostra funcionário e advogado da estatal comentando detalhes da estratégia

DE BRASÍLIA

Representantes da Petrobras receberam com antecedência o "gabarito" com perguntas e respostas às questões que lhes seriam feitas na CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) instalada no Senado para apurar irregularidades na estatal, segundo reportagem publicada na revista "Veja" desta semana.

De acordo com a publicação, a presidente da Petrobras, Graça Foster, o ex-presidente da estatal José Sérgio Gabrielli e o ex-diretor da área internacional Nestor Cerveró tiveram acesso antecipado às perguntas e foram treinados pela equipe da empresa sobre como respondê-las.

A revista baseia a informação num vídeo que flagra uma conversa entre José Eduardo Barrocas, chefe do escritório da Petrobras no DF, e Bruno Ferreira, advogado da estatal.

No diálogo, registrado com uma câmera escondida numa caneta por um terceiro personagem, não identificado, os dois dão detalhes do acerto. Segundo a conversa, o senador José Pimentel (PT-CE), relator da CPI, repassou o "gabarito" a Graça Foster, usando como intermediário José Eduardo Dutra, diretor corporativo e de serviços da estatal e ex-presidente da empresa.

No vídeo, Barrocas diz ainda que parte das perguntas que compunham o roteiro a ser executado na comissão foi formulada pelo assessor da Secretaria de Relações Institucionais, Paulo Argenta.

PASADENA

Um dos objetivos da CPI é apurar irregularidades na compra da refinaria de Pasadena (EUA), aprovada quando a então ministra Dilma Rousseff conduzia o Conselho de Administração da Petrobras.

Formada só por senadores alinhados ao Planalto, a CPI foi boicotada pela oposição.

O deputado Carlos Sampaio (PSDB-SP), coordenador jurídico da campanha do presidenciável Aécio Neves (PSDB), afirmou que a coligação tucana apresentará na segunda (4) representações no Ministério Público, no Conselho de Ética do Senado, na Secretaria de Relações Institucionais e na Petrobras.

Aécio disse neste sábado (2), em Porto Alegre, que, se a denúncia for comprovada, mostra que houve "farsa" na CPI e que os "responsáveis têm de dar explicações".

Mendonça Filho, líder do DEM na Câmara, disse que irá pedir a anulação dos depoimentos de Foster e Gabrielli à CPI e a reconvocação dos dois.

A assessoria da Presidência da República disse que não irá comentar o caso.

A Petrobras informou que está avaliando as informações publicadas. O senador Pimentel e outros integrantes da CPI não responderam ao jornal.


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