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Israelense e mexicano defendem literatura contra horrores reais

Escrita deve manter humor durante catástrofe, diz Juan Villoro

MARCO RODRIGO ALMEIDA ENVIADO ESPECIAL A PARATY (RJ)

O encontro entre o israelense Etgar Keret e o mexicano Juan Villoro, na tarde deste sábado (2), foi um dos melhores momentos da 12ª edição da Flip.

O debate teve como tema o retrato que os dois escritores fazem das belezas e dos horrores de seus países. Ótimos oradores, os escritores fisgaram a atenção do público.

A ofensiva israelense iniciada na faixa de Gaza há quase um mês centralizou boa parte da conversa. Keret, que lança o livro de contos "De Repente, uma Batida na Porta" (Rocco), defende uma negociação equilibrada entre seu país e os palestinos.

"Precisamos chegar a um meio-termo e, para isso, cada lado precisa abrir mão de alguma coisa. Podemos fazer muita coisa a respeito do conflito. É só um pedaço de terra que pode ser dividido em dois lados."

Keret e Villoro também fizeram uma bela defesa do poder da fabulação contra os horrores do mundo real.

"Uma coisa importante da literatura é manter um senso de humor e de esperança mesmo em meio à catástrofe", disse o escritor mexicano.

O público empolgou-se em vários momentos. Keret foi muito aplaudido ao ser perguntado sobre a recente declaração de um membro do governo de Israel, que classificou o Brasil de "anão diplomático".

"Não sabia. Mas me parece uma idiotice. Em momentos de guerra, quanto mais fervorosas, mais agressivas as pessoas são. Em dias melhores, teríamos uma resposta mais inteligente."


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