Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Painel
BERNARDO MELLO FRANCO (interino) - folha.com/painel
Razões da degola
No relatório em que pedirá a cassação de André Vargas, Júlio Delgado (PSB-MG) sustenta que o ex-petista quebrou o decoro ao intermediar interesses de um grupo criminoso com o governo. Segundo integrantes do Conselho de Ética da Câmara, o texto descreve como vantagens indevidas os favores que ele recebeu de Alberto Youssef, preso no Paraná. O documento, que deve ser apresentado hoje, trata o deputado como sócio informal do doleiro na empresa farmacêutica Labogen.
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Não, obrigado Uma secretária do Conselho de Ética deu plantão na porta do escritório do advogado que defende Vargas. Sua missão era entregar um último convite e convencer o ex-petista a prestar depoimento hoje. A servidora não foi atendida.
Te conheço? O recurso de Vargas para tentar afastar Delgado da relatoria do caso já teve mais chance de prosperar. O paranaense se desgastou por ter feito críticas ao PT depois de ser pressionado a se desfiliar do partido. Hoje restam menos colegas dispostos a ajudá-lo.
Fé no palanque Eduardo Campos e Marina Silva (PSB) farão amanhã, em Brasília, a segunda reunião com líderes evangélicos em três dias. Serão acompanhados por Rodrigo Rollemberg, candidato a governador.
Eu vi primeiro A dupla quer aproveitar a força de Marina no segmento religioso para estreitar os laços com pastores e evitar que o azarão Pastor Everaldo (PSC) amplie as alianças com igrejas.
Povos da floresta Campos e Marina reuniram aliados por cerca de uma hora para afinar o discurso que ele fará amanhã em sabatina na CNA, a entidade que representa o agronegócio. O presidenciável pediu ajuda para defender as propostas ecologicamente corretas da vice.
Motosserra Antes de se aliar a Marina, Campos flertava abertamente com a ala mais radical do ruralismo, representada pelo deputado Ronaldo Caiado (DEM-GO).
Vira-casaca O PSDB de Minas Gerais calcula que 22 prefeitos do PT apoiarão Pimenta da Veiga, o candidato tucano ao governo do Estado. O grupo deve abandonar o petista Fernando Pimentel.
Sessão da Tarde João Santana, o marqueteiro de Dilma Rousseff, começou a filmar a campanha com uma Arri Alexa XT. A supercâmera foi lançada em 2013 e usada em filmes como "Capitão América" e "RoboCop". Custa cerca de R$ 180 mil nos EUA, sem contar as lentes.
Cine retrô Assim como na disputa de 2012, as equipes de campanha tentam convencer as emissoras a exibir a propaganda eleitoral em alta definição. Como não há consenso, o material deve ir ao ar em formato analógico.
Auxílio luxuoso Político em campanha esbanja simpatia até com jornalista. Ontem Dilma recolheu gravadores de repórteres e os posicionou um a um no púlpito em que deu entrevista em Guarulhos (SP). "Vou virar receptadora de gravador!", brincou.
Chapa branca Não é a primeira vez que a Petrobras se mobiliza para controlar uma CPI que a investiga. Na comissão de 2009, a estatal chegou a contratar uma assessoria para orientar parlamentares a protegê-la.
Poste sem luz O PSB diz ter pesquisa mostrando que 40% dos pernambucanos acham que Eduardo Campos apoia o rival Armando Monteiro (PTB), e não o afilhado Paulo Câmara (PSB), na corrida ao governo estadual.
Boa notícia Após quase um ano em tratamento de saúde, a repórter Catia Seabra está de volta à ativa.
>> com BRUNO BOGHOSSIAN e PAULO GAMA
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tiroteio
"Alckmin mostra de novo ser o governador do Ctrl C + Ctrl V'. Mas, como de costume, a cópia dele é pior que nossa proposta original."
DE ALEXANDRE PADILHA, candidato do PT ao governo de SP, sobre promessa do tucano de integrar os ônibus intermunicipais ao transporte sobre trilhos.
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contraponto
A metralhadora do Millôr
Millôr Fernandes (1923-2012) levava a sério a própria máxima: "Jornalismo é oposição. O resto é armazém de secos e molhados". Implacável com políticos à esquerda e à direita, sabia encontrar o ponto exato para bater em cada um --e sem jamais perder a irreverência.
--Fernando Henrique Cardoso acha que essas são as três palavras mais bonitas do mundo --disparou, em 2001, sobre a conhecida vaidade de FHC.
Dois anos depois, começaria a era Lula. Irritado sobre o presidente que falava sobre tudo, Millôr sentenciou:
--A ignorância subiu-lhe à cabeça!