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Eleições 2014

Lindbergh defende 'freio' para arrumar UPPs

Candidato do PT ao governo do Rio propõe estabilizar situação em unidades atacadas pelo tráfico antes de ampliar projeto

Em sabatina, senador também atacou gestão do PMDB, que 'parece sócia' de empresas de transporte, segundo ele

DO RIO

O senador Lindbergh Farias (PT), 44, candidato ao governo do Rio, defendeu nesta terça (5) um "freio de arrumação" nas UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) e propôs "ganhar a guerra" nas unidades que sofrem ataques de organizações criminosas antes de ampliar o projeto.

Na sabatina realizada pela Folha, portal UOL (ambos do Grupo Folha) e SBT, o petista também afirmou que a atual administração no Estado "parece sócia das empresas" de transporte público e chamou o PMDB do governador Luiz Fernando Pezão, seu ex-aliado do Rio que tenta a reeleição, de "banda podre" da política fluminense.

Ele também buscou colar a imagem de elitista à gestão do ex-governador Sérgio Cabral e seu sucessor, Pezão. Citou investimentos em áreas mais ricas em contraposição ao que classifica de "abandono" de áreas pobres, como a Baixada Fluminense. O petista foi prefeito por cinco anos de Nova Iguaçu, uma das principais cidades da região.

Afirmou ainda não se incomodar em dividir o apoio da presidente Dilma Rousseff com adversários. Mas disse que o PMDB a "trai de manhã, de tarde e de noite".

Governo Cabral

Lindbergh disse que tentou convencer o PT a sair do governo Cabral no segundo mandato (2011-2014), o que só ocorreu em março. Para ele, a gestão "perdeu o rumo". "Cabral começou bem. Nesse segundo governo, se afastou completamente da pauta da vida das pessoas. Trabalhou só para o Rio do cartão postal e deu as costas para o povo."

Dilma

O petista minimizou o distanciamento da presidente Dilma Rousseff. Ela tem o apoio de Pezão, Anthony Garotinho (PR) e Marcelo Crivella (PRB), e inaugurou sua campanha ao lado do peemedebista.

"Dilma é uma referência para mim. Gosto muito da Dilma, isso é intriga. Posso fazer uma parceria [com o governo federal] melhor ainda, que traz recursos, mais afinado, na mesma ideologia. Fazer por quem mais precisa, para o povo trabalhador."

Lindbergh, contudo, afirmou que o PMDB do Rio "trai de manhã, de tarde e de noite a Dilma". "[Ela] teve uma grande aliança, e o Sérgio Cabral parecia o melhor amigo. Lamento, mas o PMDB-RJ não tem uma postura correta nem com Lula nem com Dilma."

Aécio no Rio

Lindbergh disse que Dilma vencerá a eleição no Estado com "ampla votação" e criticou a aliança de Aécio Neves (PSDB) com membros do PMDB-RJ. "Aécio cometeu grave erro político. Aliou-se ao que tem de pior na política do Estado. Se fosse qualquer outro com o apoio dessa turma, a banda podre da política do Rio... Isso não está sendo explorado pela imprensa."

Segurança pública

O candidato do PT defendeu um "freio de arrumação" nas UPPs. Criticou a proposta de Pezão de ampliar o número de unidades antes de consolida-las nas áreas em que estão sob ataque de grupos armados, como no Complexo do Alemão. "Acho que é insustentável financeiramente. Do ponto de vista estratégico, é um erro. Temos que ganhar a guerra. As UPPs estão sob ataque. Sair ampliando é política irresponsável. Vou fazer um freio de arrumação."

Defendeu envio de policiais a áreas pobres, como zona oeste e Baixada Fluminense.

"Houve migração da violência para a Baixada Fluminense e São Gonçalo a partir da implantação das UPPs. Não está havendo policiamento dos bairros e nas cidades. Há uma desproporção no Rio. O erro desse governo é achar que política de segurança é só UPP. Deu mídia e jogaram tudo lá."

Transporte público

Lindbergh disse que o governo do Estado falhou na fiscalização da Supervia. "O Estado precisa ser fiscalizador e regulador. Foi completamente capturado pelos interesses das empresas privadas. Parecia que o Estado era sócio da concessionária". O candidato defendeu expansão do metrô para a Baixada Fluminense.

Educação

O petista disse que vai construir ou reformar cem Cieps (Centro Integrado de Educação Pública), projeto do antropólogo Darcy Ribeiro implantado na gestão do governador Leonel Brizola (1983-87 e 1991-94). "A estrutura do Ciep foi concebida na década 80: a estrutura arquitetônica e o projeto pedagógico. Nós queremos um outro Ciep, uma escola que seja mais atrativa."

Drogas

O petista reconheceu ter usado drogas há cerca de 20 anos, quando seu pai morreu. Mas disse que foi um "problema rapidamente superado". Ele se disse contrário à descriminalização do uso de drogas.

"Acho que o Brasil não está pronto para esse debate. O governo tem que enfrentar com mais força essa questão, que não é só da polícia. É uma política de conscientização."


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