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Eleições 2014

Crivella ataca doação de empreiteiras, mas recebeu em 2010

No 1º mês de campanha neste ano, senador arrecadou apenas de pessoas físicas; receita atingiu R$ 212 mil

Crítica do candidato do PRB ao governo do Rio tem como objetivo atingir Luiz Fernando Pezão, do PMDB

ITALO NOGUEIRA DO RIO

Apesar de dizer que pretende recusar doações de empreiteiras para a sua campanha ao governo do Rio, o senador Marcelo Crivella (PRB) contou com recursos de empresas do setor nas duas últimas campanhas.

Durante a sabatina promovida pela Folha, portal UOL (ambos do Grupo Folha) e SBT Rio, o senador afirmou que avalia não ser "ético" receber tais recursos. Grandes empreiteiras, contudo, já fizeram contribuições para suas campanhas.

"É preciso ter padrões éticos. A gente não pode receber doação de R$ 8 milhões se elas vêm das grandes empreiteiras, concessionários. Porque senão a gente perde autoridade para cobrar bons serviços. É melhor não fazer porque assim a gente tem muita placa na rua, muito cabo eleitoral, mas faz um governo tímido", afirmou ele na sabatina.

Em 2010, Crivella contou com o apoio da construtora OAS, segundo prestação de contas entregue ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral). A empreiteira doou R$ 50 mil para a campanha ao Senado.

A OAS faz parte do quadro societário da Invepar, dona da Metrô Rio, concessionária do serviços metroviários no Estado. A lei eleitoral proíbe doação de concessionários, mas não veda a contribuição de seus sócios, como é o caso da empreiteira.

Além da OAS, contribuíram para a campanha ao Senado as empresas Teprem e Coesa, ambas de construção civil.

Em 2008, quando Crivella tentou a Prefeitura do Rio, a OAS também contribuiu com a campanha, com R$ 125 mil. A empreiteira Carioca Christiani Nielsen Engenharia doou R$ 75 mil.

Todas as doações foram registradas regularmente na Justiça Eleitoral.

Procurada desde a sexta (8) para comentar as doações, a assessoria de Crivella não havia respondido às ligações até a conclusão desta edição.

PESSOAS FÍSICAS

No primeiro mês de campanha deste ano, Crivella arrecadou apenas junto a pessoas físicas. Ele teve receita de R$ 212 mil, dos quais R$ 30 mil do próprio bolso.

Ele disse que vai recusar contribuições de empreiteiras na atual campanha.

Para ele, vencer a eleição com o orçamento de campanha mais baixo é "um sonho de consumo". Ele estimou gastos de R$ 9 milhões.

Apesar de criticar as contribuições, disse que não pretende criticar os adversários que receberem doações de empreiteiras. O governador Luiz Fernando Pezão (PMDB), por exemplo, arrecadou R$ 5,8 milhões, uma parte disso vinda de empreiteiras.


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