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Relator desiste de colocar punição a Graça em votação

José Jorge diz que precisa responder aos argumentos do ministro da AGU que defendeu a presidente da Petrobras

TCU discutirá se a dirigente da estatal deve ser incluída em lista de responsáveis por prejuízos em refinaria

DIMMI AMORA DE BRASÍLIA

O ministro do TCU (Tribunal de Contas da União) José Jorge não colocará em votação nesta quarta (13) o processo que prevê a inclusão da presidente da Petrobras, Graça Foster, entre os responsáveis por prejuízos apurados pelo órgão na compra da Refinaria de Pasadena, nos EUA.

O processo também decidirá se ela e outros 12 diretores e ex-diretores da estatal terão os bens bloqueados para pagar o prejuízo de US$ 792 milhões gerado pelo negócio.

Na semana passada, após o ministro da AGU (Advocacia-geral da União) Luis Inácio Adams ir ao tribunal defender a causa e pedir para que os bens dos diretores não fossem bloqueados, José Jorge retirou o processo de pauta. Ele havia dito que o colocaria em votação amanhã.

Argumentando que ainda precisa apresentar resposta aos argumentos do ministro Adams --que aponta que o bloqueio de bens decretado pelo TCU não tem justificativa porque o processo ainda está na fase da defesa dos diretores-- Jorge acabou adiando a volta do tema à pauta.

IRREVERSÍVEL

Ministros do tribunal ouvidos pela Folha não sabem se o plenário aprovaria a inclusão de Graça entre os diretores com os bens bloqueados.

Quando José Jorge conseguiu aprovar no plenário a medida que determina a devolução dos recursos e o bloqueio de bens de 11 diretores, havia três dos nove ministros titulares fora da corte. Por isso, a decisão coube a ministros-substitutos.

Mas, desde a semana passada, os titulares estão de volta, e não há consenso entre eles sobre a decisão de bloquear os bens.

Desde o início do processo, há muita pressão de integrantes do governo sobre os técnicos e ministros que trabalham no caso.

Nos últimos dias, Dilma defendeu Graça publicamente e criticou a possibilidade de o TCU vir a bloquear os bens da dirigente da estatal.

José Jorge tem dito a interlocutores que a decisão de colocar a presidente da estatal na lista de responsabilizados é irreversível.

Isso porque, segundo ele, houve um erro técnico quando o nome dela não foi incluído na primeira votação.


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