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Candidata terá que contornar resistência na cúpula do PSB

Políticos que ocupam postos-chave na hierarquia da legenda discordaram de posições da ex-senadora, agora candidata pela sigla

DE BRASÍLIA DE SÃO PAULO

Superada a fase de ser formalmente indicada pelo PSB para encabeçar a chapa ao Planalto, Marina Silva terá pela frente a tarefa de contornar resistências vindas de políticos que ocupam postos-chave na hierarquia da legenda.

A começar pelo presidente nacional do PSB, Roberto Amaral, que assumiu automaticamente o cargo após a morte de Eduardo Campos.

Então vice-presidente da sigla, ele sempre trabalhou pelo apoio do partido à reeleição de Dilma Rousseff (PT), mas acabou vencido pelo grupo liderado por Campos.

Após a morte, na quarta (13), fez parte da ala que inicialmente apresentou resistência à indicação de Marina.

Em fevereiro do ano passado, Amaral já havia classificado a Rede --partido que Marina tentava montar àquela altura-- como "fundamentalista" e "preconceituosa".

Depois da adesão da ex-senadora ao PSB, voltou atrás. "Era o que eu pensava naquele momento. (...) Só a ameba e o mármore é que não mudam de posição."

Amaral foi autor de artigo criticando André Lara Resende e Eduardo Gianetti --"O campo conservador, que trabalha sob o marco da tragédia do governo neoliberal de FHC"--, hoje alguns dos principais conselheiros de Marina na área econômica.

Outra saia justa tem como personagem o tesoureiro do PSB, Márcio França, candidato a vice na chapa à reeleição do governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

Além de Marina ter reprovado publicamente a aliança --ela defendia um nome "novo" na disputa, desvinculado do PSDB--, integrantes da Rede são críticos de França.

Deputado federal, o tesoureiro era muito próximo a Campos e tem bastante influência na Executiva do PSB, que administra o partido.

O secretário-geral, Carlos Siqueira, coordenador-geral da campanha, não tem retrospecto de desavenças com Marina, mas sempre fez questão de sublinhar o protagonismo do PSB na aliança.

Em outubro de 2013, por exemplo, após Marina afirmar que tanto ela quanto Campos eram opções para 2014, Siqueira reagiu: "Não tem isso de discutir lá na frente posição na chapa. A candidatura posta é a de Eduardo e ela vai até o dia da eleição".

Marina aderiu ao PSB em outubro e desde então tem tido alguns atritos com a sigla, principalmente na montagem das candidaturas estaduais.

Além de São Paulo, Marina também desaprovou o apoio dos pessebistas à candidatura do petista Lindbergh Farias ao governo do Rio.


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