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Receber apoio de Marina seria 'honra', diz Alckmin
Para tucano, candidatura de ex-senadora não altera acordo com PSB em São Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), disse nesta segunda (18) que ficaria "muito honrado" em receber o apoio de Marina Silva, candidata à Presidência pelo PSB, à sua reeleição.
Para o tucano, que afirmou ter sempre respeitado e admirado a ex-ministra do Meio Ambiente, a mudança do candidato ao Planalto não altera o acordo entre as duas siglas em São Paulo.
Marina foi contra o apoio do PSB à reeleição de Alckmin e ficou incomodada quando sua imagem foi associada à do tucano em material de campanha produzido em um dos comitês do partido em São Paulo.
Com a definição da candidatura presidencial da ex-senadora, o PSB trabalha agora para diminuir as resistências dela em relação às alianças estaduais.
"Eu ficarei muito honrado [com o apoio de Marina], porque o PSB participa do nosso trabalho. O candidato a vice-governador é do PSB [o deputado federal Márcio França]", afirmou Alckmin durante evento para a entrega de 50 novas unidades de resgate para o Corpo de Bombeiros.
O tucano, porém, não disse se subiria no palanque de Marina. "Não vou falar de hipóteses", desconversou. Ele avaliou que ainda é cedo para dimensionar o impacto da candidatura da ex-senadora.
Pesquisa Datafolha divulgada nesta segunda mostrou Marina em situação de empate técnico com o candidato do PSDB, Aécio Neves --ela tem 21% das intenções de voto, e o tucano, 20%.
Em um eventual segundo turno, Marina empataria com Dilma Rousseff (PT). A ex-senadora, com 47%, fica numericamente à frente da presidente, que tem 43%.
GREENPEACE
Alckmin criticou a ONG Greenpeace por espalhar, na semana passada, cartazes em pontos de ônibus da capital paulista traziam o tucano ao lado da presidente Dilma. Para o tucano, o material de "desinforma" e confunde o eleitor. Os cartazes colocavam os adversários políticos lado a lado numa simulação de propaganda oficial.