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Eleições 2014

Em programa na TV, Skaf diz que Alckmin governa sem 'tesão'

Na estreia da propaganda eleitoral, peemedebista tenta se posicionar como principal adversário do governador

Em crítica indireta a Padilha e Skaf, tucano tentou colar nos concorrentes a imagem de 'aventureiros'

DE SÃO PAULO

Sem tesão, frio e distante. Esses foram os termos que o candidato do PMDB ao governo paulista, Paulo Skaf, usou para atacar o governador Geraldo Alckmin (PSDB) na estreia da propaganda eleitoral na TV nesta quarta-feira (20).

No mais forte ataque ao tucano, Skaf criticou o modelo adotado pelo adversário e também alfinetou os eleitores ao dizer que não entende como "o povo de São Paulo se contenta com tão pouco".

O peemedebista chegou a falar que o tucano é "simpático", em referência à aprovação da imagem do governador. "Sinceramente, não entendo seu estilo de governar. Meio frio, meio distante, que acha sempre que está tudo muito bom", disse Skaf. "

Ele acrescentou que o tucano "não enfrenta os problemas de São Paulo como se fosse um desafio pessoal".

A estratégia de confrontar no primeiro programa é considerada pouco usual. Para o especialista em marketing político Gaudêncio Torquato, o candidato assumiu um risco, já que o eleitor costuma não receber bem os ataques.

A ideia do marqueteiro de Skaf, Duda Mendonça, é quebrar a polarização entre PT e PSDB e credenciar o peemedebista como o maior adversário de Alckmin, que tem 55% das intenções de voto.

Para tentar alavancar Skaf, a campanha do PMDB testou spots com eleitores tucanos a fim de saber se havia rejeição às críticas. A justificativa para o uso de expressões populares, como "tesão", é reforçar a tese de que ele não é um político tradicional.

Após o programa, Skaf disse que "até elogiou" Alckmin, mas que, se for eleito, será mais presente. "Meu estilo é pôr a cara, pôr o nariz em tudo --como eu tenho o nariz avantajado." E completou: "Esse narigão aqui vai estar cheirando tudo".

Em seu programa, Alckmin fez uma crítica indireta a Skaf e Alexandre Padilha (PT) para colar em ambos a imagem de "aventureiros", já que nunca exerceram mandatos.

"Ninguém vira governador do maior Estado do Brasil da noite para o dia. Trata-se de uma caminhada", diz o narrador. Alckmin não deve reagir às provocações.

Os próximos programas tentarão reafirmar que o governador tem pulso firme. Ao citar realizações da administração, a campanha tucana diz que a gestão implanta o monotrilho na capital.

O sistema, porém, só deve começar a operar em horário integral em outubro, com mais de seis meses de atraso.

PADRINHO

Em sua primeira disputa eleitoral, Padilha replicou estratégia da presidente Dilma Rousseff em 2010, dividindo vitrines eleitorais com o ex-presidente Lula, como o PAC e o Minha Casa, Minha Vida.

De terno e gravata, Lula disse que teve "identificação" rápida com o afilhado político, que foi ministro em sua gestão e na de Dilma. "Ao meu lado, ele trabalhou para aprovar os principais projetos que mudaram esse país."

Com forte tom emocional na biografia do petista, a peça não teve ataques. "Vim para fazer algo diferente, para mostrar minhas propostas", disse ele depois do programa.


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