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Eleições 2014

Coordenador do PSB deixa campanha e critica Marina

Ex-prefeita de SP, a deputada Luiza Erundina assumirá comando da equipe

Carlos Siqueira, que perdeu o cargo, disse que a candidata não representa Eduardo Campos 'nem de longe'

RANIER BRAGON NATUZA NERY DE BRASÍLIA MARINA DIAS ENVIADA ESPECIAL A BRASÍLIA

Um dia depois de ser anunciada como candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva recebeu nesta quinta (21) o apoio de quatro das outras cinco siglas da coligação, mas viu surgir a primeira crise pública de sua campanha.

Conforme a Folha antecipou, o coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira, abandonou a função dizendo que "nem de longe" Marina representa o projeto construído por Eduardo Campos.

"Ela não representa o legado dele, está muito longe de representar. (...) Ela que vá mandar na Rede dela, porque no PSB mandamos nós", afirmou Siqueira, antigo auxiliar do ex-governador Miguel Arraes que hoje controla grande parte da máquina partidária.

Ele nunca foi próximo de Marina, que se filiou ao PSB em outubro após não conseguir colocar de pé seu partido.

O rompimento entre ela e Siqueira se deu na quarta-feira (20), quando Marina, já consolidada como a substituta de Campos, indicou pessoas de sua confiança para postos-chave da campanha.

Siqueira considerou isso uma "grosseria" e se dirigiu a Marina aos gritos. "Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: A senhora está cortada das minhas relações pessoais'", contou Siqueira.

A candidata afirmou apenas ter havido um "equívoco" e uma "incompreensão".

À noite, o PSB informou que a ex-prefeita de São Paulo e atual deputada Luiza Erundina assumirá a coordenação-geral da campanha.

Erundina sempre teve pouco poder dentro do PSB, partido para o qual migrou após abandonar o PT. Mas é muito ligada a Marina, tendo sido convidada por ela para participar de seu ato de filiação ao PSB em outubro de 2013.

A candidata também emplacou o ex-deputado Walter Feldman, um de seus principais aliados na criação da Rede, como coordenador-geral-adjunto da campanha.

Bazileu Margarido, que foi chefe de gabinete de Marina no Ministério do Meio Ambiente, será o novo tesoureiro. O deputado Márcio França --vice na chapa de Geraldo Alckmin (PSDB) em São Paulo-- também deverá integrar a equipe de arrecadação.

Outra baixa do PSB na campanha deverá ser a de Milton Coelho, que participava da área de mobilização. Ele disse a integrantes da sigla que seu compromisso era com Campos e que não vê razão para permanecer.

O presidente do PSB, Roberto Amaral, negou ruído com o grupo de Marina. Mas deu a entender que irá substituir todos os integrantes do partido que atuavam no comando da campanha.

Em reunião nesta quinta, PPS, PRP, PPL e PHS aprovaram a substituição de Campos por Marina, tendo o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) como vice. Das seis legendas que apoiavam Campos, só o PSL (Partido Social Liberal) não deve dar aval à nova chapa, apesar de continuar na coligação.

Apesar da crise, Marina disse na reunião desta quinta, segundo relatos, ter a convicção de que possui chances reais de vitória --em 2010, ela ficou em terceiro lugar, com quase 20% dos votos válidos.


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