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Eleições 2014

Redução da meta de inflação afetaria área social, diz presidente

Declaração vem um dia após coordenadora de programa de Marina Silva prometer teto de 3% a partir de 2019

Em visita ao RS, Dilma afirmou que há uso eleitoral dos 'processos de flutuação' dos índices de desemprego

DE PORTO ALEGRE

Em um recado aos adversários na corrida pelo Palácio do Planalto, a presidente Dilma Rousseff disse nesta sexta-feira (22) que quem promete reduzir a meta de inflação do governo será obrigado a cortar programas sociais.

A inflação acumulada nos últimos 12 meses foi de 6,49% --0,01% atrás do teto da meta. A alta nos preços tem sido um dos principais motivos de críticas ao governo da petista pelo tucano Aécio Neves e por Eduardo Campos (PSB), que morreu em 13 de agosto.

"Quem diz que vai reduzir a meta no dia seguinte vai ter que cortar programas sociais. A equação simplesmente não fecha", disse Dilma durante visita a Novo Hamburgo (RS).

As declarações da presidente foram feitas um dia após Neca Setubal, coordenadora do programa de governo de Marina Silva, afirmar à Folha que, se eleita, a candidata do PSB perseguirá uma política que permita reduzir o centro da meta de inflação dos atuais 4,5% para 3% a partir de 2019.

"A meta de inflação vai para o centro, para 4,5%, ao longo do governo de quatro anos, para depois chegar a 3%", disse Neca.

Promessa semelhante é feita também por Aécio. O coordenador da área econômica da campanha do candidato tucano, o ex-presidente do Banco Central Armínio Fraga, defende a queda gradual da meta da inflação.

Dilma também comentou os números recentes de desemprego, disse que há "uso eleitoral dos processos de flutuação [do índice]" e que o Brasil tem uma das menores taxas do mundo.

Segundo a petista, quando os números da inflação estão em alta, há uma grande repercussão --o que não ocorreria quando os índices são reduzidos.

Na estreia da propaganda eleitoral na TV, na terça (19), Aécio centrou suas críticas na política econômica do governo petista. "Problemas que pareciam superados estão voltando", afirmou o tucano, numa referência à inflação e ao baixo crescimento do PIB (Produto Interno Bruto).

"Quando o Brasil não cresce, ninguém mais cresce", disse Aécio, "e os empregos começam a desaparecer".

FATOR PREVIDENCIÁRIO

A presidente também foi questionada sobre a reivindicação de eliminar o fator previdenciário, índice que combina idade do segurado, tempo de pagamento ao INSS e expectativa de vida e reduz o valor da aposentadoria de quem deixa o trabalho mais cedo.

Disse que ainda não tem uma avaliação sobre o assunto, mas afirmou que quem promete acabar com o mecanismo precisa informar de onde tirará recursos para a Previdência.


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