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Eleições 2014
Aécio defende programa para estudantes
Tucano diz que governo mineiro está perto de atingir meta fixada para medida que ele promete estender a outros Estados
Objetivo do governo não era atender todo o Estado, mas apenas jovens de regiões mais vulneráveis, diz Aécio
O candidato do PSDB à Presidência, Aécio Neves, defendeu, nesta terça-feira (26), o programa Poupança Jovem, do governo mineiro, que promete estender a todo o país.
O tucano disse que o pagamento a estudantes é uma das iniciativas de que "mais se orgulha" em sua gestão como governador (2003-2010).
Reportagem da Folha desta segunda (25) mostrou que o programa, lançado em 2007, atinge apenas 1% das cidades mineiras --nove de 853 municípios, que somam 10% dos estudantes no ensino médio-- e atrasa repasses.
"O programa não busca universalizar o atendimento a jovens em todo o Estado. Ao contrário. Buscamos exatamente atender aos jovens nas regiões de maior vulnerabilidade social", disse o senador.
Aécio dedicou ao Poupança Jovem todo o seu espaço no horário de propaganda eleitoral na televisão nesta terça. Ao descrever o que fez no governo de Minas, ele diz que o programa "mudou a vida de milhares de jovens", mas não dá informações sobre o alcance da iniciativa.
Em entrevista no Rio, Aécio disse que o objetivo original do programa era atingir 10% dos estudantes matriculados no ensino médio no Estado até 2015. Até agora, disse, foram beneficiados 8%.
Com o Poupança Jovem, o governo estadual abre uma poupança para os alunos do ensino médio da rede estadual, que podem retirar R$ 3.000 ao fim do período se cumprirem certas metas.
No sábado (23), em seu programa no horário eleitoral da televisão, Aécio disse que o pagamento é realizado "no dia da formatura". "É bem simples. [...] Terminado o estudo, no dia da formatura, o jovem recebe esse dinheiro."
Na prática, porém, os pagamentos têm demorado um ano --tempo necessário, segundo o governo estadual e a campanha tucana, para conferir se os alunos cumpriram os requisitos do programa.
Aécio, que não comentou durante a entrevista a questão da demora no pagamento do benefício, disse que a iniciativa já atingiu 120 mil alunos e que a reportagem da Folha "dá a impressão de que é um programa que não andou".