Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria
Eleições 2014
Marina diz que não sabia de qualquer ilegalidade com jato
Campanha fez empréstimo de avião que caiu com Campos, afirma candidata
Ao explicar diferenças com vice, ex-senadora chamou de 'lenda' a ideia de que ela é contra os transgênicos
A candidata do PSB à Presidência da República, Marina Silva, afirmou nesta quarta-feira (27) que "não tinha nenhuma informação quanto a qualquer ilegalidade" referente à situação jurídica dos proprietários do avião usado por Eduardo Campos em 13 de agosto, dia do acidente aéreo que o matou em Santos.
Em entrevista ao "Jornal Nacional", da TV Globo, Marina garantiu que a aeronave havia sido emprestada por empresários à campanha do PSB à Presidência e que o ressarcimento seria feito "no prazo legal estabelecido pela Justiça Eleitoral". "Uma coisa eu te digo, a forma como o serviço estava sendo prestado era esse do empréstimo", declarou.
A Polícia Federal investiga as razões da queda do avião, mas apura também por que o real dono e o operador da aeronave eram diferentes.
O jato era usado pela campanha de Campos desde maio e uma hipótese dos policiais é que ele foi comprado com recursos de caixa dois de empresários ou do PSB. As despesas com o jato não apareceram na primeira prestação de contas da campanha do PSB.
Após responder, Marina foi questionada sobre qual seria a diferença entre sua postura ao falar do caso e a de políticos em geral quando confrontados com denúncias.
"O meu compromisso é com a verdade. A verdade não virá apenas pelas mãos do partido e nem apenas pela investigação da imprensa, que respeito, ela terá que ser aferida pela investigação da polícia e isso não tem nada a ver com querer se livrar do problema".
A candidata chegou a confrontar os jornalistas William Bonner e Patrícia Poeta, dizendo que o primeiro não estava "trabalhando com os fatos" e a segunda, "tem um certo desconhecimento do que é ser senadora vindo da situação que vim".
Em relação ao seu candidato a vice, deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS), que votou a favor do cultivo da soja transgênica e das pesquisas com células-tronco embrionárias, Marina afirmou que "a nova política sabe trabalhar com diferenças".
"Há uma lenda de que eu sou contra os transgênicos, mas isso não é verdade. Sabe o que eu defendia quando era ministra do Meio Ambiente? Um modelo de coexistência: área de transgênico e área livre de transgênico", afirmou.