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Procurador pede fim de apuração contra Chalita
STF tinha barrado quebra de sigilo
O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, enviou parecer ao STF (Supremo Tribunal Federal) pelo arquivamento do inquérito para investigar o deputado Gabriel Chalita (PMDB-SP).
Segundo Janot, o analista de sistemas Roberto Grobman, que fez acusações contra o deputado, não foi encontrado para depor no processo que corre no Supremo, que trata de supostos crimes.
As apurações sobre improbidade continuam no Ministério Público paulista.
No início do ano a Folha revelou que Grobman, em depoimentos ao Ministério Público de São Paulo, afirmou que despesas de Chalita eram pagas por empresas que mantinham contratos com a secretaria de Educação no período em que o parlamentar comandava a pasta.
O procurador diz que as outras pessoas que figuram no processo deram depoimentos favoráveis a Chalita e que o ministro do Supremo Teori Zavascki não autorizou a quebra de sigilo bancário e fiscal do político.
Sem o testemunho do acusador e sem dados bancários, Janot informou ao Supremo que não possui provas para justificar as investigações.
Com a posição do Ministério Público, Teori deve arquivar as investigações nos próximos dias.
As acusações de Grobman contra Chalita foram reveladas pela Folha. O analista de sistema disse ter sido contratado na Secretaria de Educação como assessor especial de Chalita pelo empresário Chaim Zaher, dono do grupo COC, que fornecia software educacional para o governo.
De acordo com Grobman, Zaher pagava despesas de Chalita em troca de contratos com a secretaria da Educação. O empresário negou enfaticamente que tenha bancado o então secretário. Chalita e seu advogado refutam as acusações.