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Bendine afirma que declarações são calúnias

Chefe de banco diz que desconhece teor de depoimento e nega ter pedido a motorista fazer pagamentos

DE BRASÍLIA

O presidente do Banco do Brasil, Aldemir Bendine, afirmou à reportagem desconhecer o teor do depoimento prestado pelo motorista Sebastião Ferreira da Silva, conhecido como Ferreirinha, ao Ministério Público Federal.

De acordo com Bendine, Silva era um motorista terceirizado, que trabalhava para uma empresa que presta serviços de transporte para a instituição financeira.

Bendine diz que o Banco do Brasil já tentou obter informações sobre o depoimento e mesmo se há um processo em curso no Ministério Público Federal, mas não obteve resposta do órgão.

"Só tenho conhecimento disso [depoimento] porque tenho sido abordado por alguns veículos de imprensa para falar desse depoimento, que tem declarações caluniosas e contraditórias", disse.

O presidente do Banco do Brasil afirma que Silva moveu uma ação trabalhista contra a empresa prestadora de serviço e que, no processo judicial, incluiu o banco como corréu. Segundo ele, o processo não prosperou, e o motorista foi demitido.

"Parece ser uma pessoa não muito equilibrada emocionalmente", disse.

De acordo com Bendine, denúncia anônima com teor semelhante ao depoimento do motorista foi arquivada pelo Ministério Público Estadual de São Paulo e por 11 órgãos do governo federal.

AGENDA CHEIA

Ele negou que tenha pedido ao motorista para fazer pagamentos em seu nome em valores em dinheiro. Disse ainda desconhecer um dos endereços citados pelo motorista, na rua São Carlos do Pinhal, em São Paulo.

Afirmou que sua agenda como presidente do banco é muito cheia e que, portanto, poderia ter ido ao local em alguma ocasião.

Sobre o empresário Marcos Fernando Garms, o presidente do Banco do Brasil disse que ele é seu amigo há mais de 45 anos. Bendine nega ter entregue dinheiro a ele diante do motorista. "É um absurdo, uma calúnia", afirmou.

Bendine disse que já dirigiu o Range Rover de Garms e considera o ato normal.

"Ele é meu amigo de infância, ando com o carro, passeei com ele em fins de semana. Neste [carro] e em outros. Não vejo problema em fazer um passeio num carro de um amigo", afirmou.

O presidente do Banco do Brasil foi procurado novamente na sexta-feira (29) pela reportagem. Mas ele informou, por meio de sua assessoria, que não tinha mais informações a serem prestadas sobre esse caso.

Procurado, Garms negou que tenha recebido dinheiro de Bendine. Disse que Ferreirinha "vai arcar com as consequências" das declarações, referindo-se a eventual processo judicial. "Isso é delírio puro, nunca ocorreu." Sobre o carro, o empresário disse que foram poucas as vezes que o emprestou a Bendine.

Procurada, a Rede Record informou que não tem nenhum departamento no endereço citado pelo motorista e que não se manifesta por outras empresas do grupo.

RECEITA

Conforme revelou a Folha na quarta (27), Bendine pagou multa de R$ 122 mil à Receita Federal para se livrar de questionamentos sobre a evolução de seu patrimônio e um apartamento pago com dinheiro vivo em 2010.

Ele disse que sua autuação foi provocada por um erro cometido no preenchimento de sua declaração de Imposto de Renda daquele ano.


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