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Eleições 2014

Após recuo em propostas aos gays, Marina recebe apoio de evangélicos

Candidata disse desconhecer militante que deixou campanha após mudança em programa de governo

Depois de defender criminalização da homofobia, Dilma disse que o tema não está relacionado à religião

DE SÃO PAULO DE BRASÍLIA

Três dias após o recuo da campanha de Marina Silva (PSB) em propostas para a comunidade gay em seu programa de governo, dois líderes de igrejas evangélicas declararam apoio à ex-senadora.

Em cima do muro até esta terça-feira (2), o bispo Robson Rodovalho, da igreja neopentecostal Sara Nossa Terra, anunciou que decidiu apoiar Marina após a mudança no texto que tratava dos direitos dos homossexuais.

Já o pastor Silas Malafaia, líder da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, que apoia Pastor Everaldo (PSC) no primeiro turno, declarou que estará ao lado da candidata em um eventual segundo turno.

"Claro que apoio Marina. Depois que o ativismo gay retirou apoio a ela, vou de cabeça [na chapa da candidata]", disse Malafaia à Folha, em referência às críticas internas e capitulações no PSB após a mudança no texto.

No sábado (30), menos de um dia após a apresentação do programa, a coordenação da presidenciável divulgou errata para eliminar ou alterar trechos em que se comprometia em articular no Congresso a aprovação de projetos sobre o tema, como o casamento civil gay e a criminalização da homofobia.

O recuo da campanha provocou o afastamento voluntário do secretário nacional do comitê LGBT do PSB, Luciano Freitas, um dos responsáveis pela elaboração das propostas agora vetadas.

Em sabatina do jornal "O Estado de S. Paulo" nesta terça-feira, Marina disse desconhecer o coordenador.

Questionada sobre a saída de Freitas, pediu ajuda ao coordenador do programa de governo, Maurício Rands.

Da plateia, ele afirmou que o militante do PSB já estava sendo substituído --e a resposta foi repetida por Marina na sequência. "Não conheço a militância do PSB como conheço a da Rede", disse ela.

A candidata repetiu que a errata que revisou as propostas decorreu de "um erro de processo" em que o texto dos movimentos sociais entrou no programa sem mediação da equipe de campanha.

DILMA

Após acenar com apoio à criminalização da homofobia em mais uma tentativa de se contrapor à rival do PSB, a presidente Dilma Rousseff (PT) afirmou nesta terça que a questão "não está relacionada à crença religiosa ou à opção partidária".

Segundo a petista, o tema é uma questão de Estado e a homofobia cria um "mal-estar na sociedade". Dilma não respondeu se a decisão de sua campanha foi influenciada pelo debate eleitoral e sustentou que seu governo sempre foi contra a homofobia.

"Não se pode construir uma das maiores democracias do mundo sem respeitar duas coisas: direitos humanos e direitos civis", disse em evento na Grande São Paulo.

LEI GERAL DAS RELIGIÕES

Candidato a vice na chapa de Marina, o deputado Beto Albuquerque (PSB-RS) ironizou a ofensiva do governo Dilma para apoiar o projeto da Lei Geral das Religiões --uma das principais bandeiras evangélicas no Congresso.

"Tem que perguntar por que o governo está tendo um choque espiritual a três meses de acabar o seu governo", afirmou em Brasília.

Como revelou a Folha nesta terça, o Planalto pretende desengavetar a proposta que concede benefícios às instituições religiosas, entre eles, tributários.


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