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Contadora de doleiro nega extorsão de deputado

Meire Poza revela gravação de áudio sobre ligação de Alberto Youssef com Luiz Argôlo

DE BRASÍLIA

A contadora do doleiro Alberto Youssef, Meire Poza, rebateu, na quarta-feira (3), a acusação de que teria extorquido dinheiro do deputado federal Luiz Argôlo (SD-BA).

Mesmo sem poder ser ouvida novamente pelo Conselho de Ética da Câmara, onde havia prestado depoimento no dia 13 de agosto, Poza foi à Casa na tentativa de responder à acusação. Ela apresentou a jornalistas uma gravação de áudio em que o advogado do parlamentar, Aluísio Régis, diz que "todos os deputados sabem do envolvimento de Argôlo com Youssef".

Argôlo responde a processo por quebra de decoro parlamentar devido ao seu envolvimento com o doleiro. Após a revelação do áudio, Régis deixou a defesa do parlamentar, alegando não querer prejudicar seu cliente.

Em depoimento ao conselho na terça (2), o deputado afirmou que Poza teria se encontrado com Régis durante jantar em São Paulo, no dia 17 de julho, em que ela teria pedido cerca de R$ 250 mil.

Poza afirmou que não fez tal pedido. A contadora disse ter procurado o deputado para tratar da empresa Grande Moinho Cearense, sediada em Fortaleza (CE) e que teria sido usada para lavar dinheiro para Argôlo. Ela contou que precisava produzir documentos que comprovassem a prestação de serviços não realizados pela empresa para justificar notas fiscais frias.

Argôlo negou que tenha sociedade em qualquer empresa com Youssef e disse que não tem ligações com a Grande Moinho Cearense --registrada em nome da família de Tasso Jereissati, do PSDB. À Folha Régis disse que, no áudio, estava blefando para saber o que a contadora queria, e que não houve pagamento.

O relator do processo contra Argôlo, o deputado federal Marcos Rogério (PDT-RO), encerrou a fase de instrução na terça (2). Por isso, a gravação mostrada na quarta não poderá ser usada no processo.


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