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Empresa que ajudou a pagar avião de Campos fez negócio com doleiro

Polícia investiga se jato foi comprado com dinheiro de caixa dois

ANDRÉIA SADI DE BRASÍLIA

Uma empresa que transferiu dinheiro para comprar o avião Cessna que caiu com Eduardo Campos (PSB) também fez negócios com uma consultoria considerada de fachada pela Polícia Federal e que seria controlada pelo doleiro Alberto Youssef, preso na Operação Lava Jato.

Na operação para a compra do jato, a Câmara & Vasconcelos consta como tendo feito um pagamento de R$ 159,9 mil à AF Andrade para a aquisição do avião Cessna.

A empresa também aparece em documentos da Operação Lava Jato, aos quais a Folha teve acesso, na relação de fornecedores que receberam dinheiro da MO Consultoria. O depósito foi feito em 2010 no valor de R$ 100 mil.

Desde o acidente do dia 13, quando morreram Campos e outras seis pessoas, a propriedade da aeronave é investigada. Uma das hipóteses é a de o avião ter sido comprado com recursos de caixa dois.

A lista de depósitos e pagadores foi entregue à PF pelos antigos donos do avião, Alexandre e Fabrício Andrade, do grupo A.F. Andrade, de Ribeirão Preto (SP). Os pagamentos foram feitos por meio de 16 depósitos bancários, no total de R$ 1,71 milhão.

À PF, eles contaram que o avião foi comprado por três empresários de Pernambuco: João Carlos Lyra Pessoa de Mello Filho, Apolo Santana Vieira e Eduardo Ventola.

O "Jornal Nacional" mostrou que, entre as empresas que fizeram os depósitos, estão uma peixaria, uma Construtora e a Câmara & Vasconcelos, cuja sede é uma sala vazia em Nazaré da Mata.

O dono da Câmara & Vasconcelos, Paulo César de Barros Morato, disse, por meio da assessoria de João Lyra, que desconhece Youssef e a MO Consultoria.

Morato negou que sua empresa seja fantasma e confirmou ter emprestado a quantia de R$ 159,9 mil a João Carlos Lyra.

O PSB disse que nem o partido nem Campos sabiam da relação de Youssef com uma das empresas que depositou para a AF Andrade.

O advogado de Youssef, Figueiredo Bastos, afirmou não se lembrar do depósito. A reportagem não conseguiu contato com a MO Consultoria.


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