Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Campanha de ex-senadora blinda voluntária

MARINA DIAS DE SÃO PAULO

"Quero deixar bem claro que estou fazendo isso por mim e por meu filho, não estou ganhando nada." Foi assim que a cabeleireira Cleide Alves da Silva, moradora da periferia de Guarulhos, na Grande São Paulo, explicou --sem ser perguntada-- a razão de transformar sua casa em um comitê voluntário da campanha de Marina Silva.

A equipe da candidata do PSB à Presidência montou, na sexta-feira (5), uma operação para impedir constrangimento similar ao vivido por Marina no final de julho, quando o proprietário da "Casa de Eduardo e Marina" em Osasco (SP) disse que esperava "receber unzinho" em troca de apoio a Eduardo Campos, que tinha a ex-senadora como vice na chapa ao Planalto.

Dentro do sobrado onde Cleide mora com o marido e dois filhos, um deles portador de síndrome de Down, assessores com camisetas da Rede, grupo político de Marina, impediam a entrada de repórteres horas antes da chegada da candidata. A cabeleireira também foi orientada a não sair de casa.

Foram menos de 15 minutos de visita. Marina perguntou a profissão de Cleide e a de seu marido, Rogério, que é motoboy. "E essa casa, vocês compraram?", quis saber a candidata. "Sim", ouviu a tímida resposta. "Ah, que bom, casa própria", retrucou.

Dezenas de repórteres, fotógrafos, cinegrafistas e vizinhos se amontoavam na porta do imóvel. Crianças gritavam o nome de Marina, que respondeu, também aos gritos: "Faz campanha na escola, fala com a professora".

Defensora das "casas autorais", Marina fez questão de dizer que aquela era "uma mobilização espontânea".

Cleide, que se diz ex-eleitora de Dilma Rousseff, falou com os jornalistas, mas não permitiu que ninguém entrasse no comitê de campanha.

Perguntada sobre o que pediu à candidata, o texto estava pronto: "Visei projetos de inclusão a pessoas com deficiência". Quanto à visita, disse que foi "muito agradável". "Depois de abraçá-la, de conhecê-la pessoalmente, foi maravilhoso". Não se alongou e logo fechou a porta.


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página