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Eleições 2014

Dilma afirma que 'sangria' na Petrobras foi estancada

Petista diz que tirou da estatal os que 'não eram considerados os melhores'

Sobre uma possível volta de Lula em 2018, Dilma declara que 'em qualquer circunstância' apoiará o ex-presidente

DE BRASÍLIA DO RIO

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (8) que nunca desconfiou de irregularidades na Petrobras, admitiu que "tudo indica" que houve problemas na estatal, mas disse que a "sangria foi estancada".

Em sabatina feita pelo jornal "O Estado de S. Paulo", a presidente disse jamais ter imaginado que havia "malfeitos" em negócios envolvendo a estatal e que o ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa era um "quadro" da empresa.

"O que é mais estarrecedor. Ele vinha fazendo carreira. É de fato surpreendente que ele tenha feito isso", disse.

De acordo com reportagem da revista "Veja" desta semana, Costa relatou um esquema de desvios em contratos da estatal e citou como beneficiários o ministro de Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB-MA), e os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Henrique Alves (PMDB-RN).

Estariam envolvidos também políticos do PT e do PP. O governo já pediu oficialmente ao Ministério Público o acesso aos depoimentos do delator. A Petrobras, em nota, disse ter feito o mesmo pedido. No sábado, a Polícia Federal instaurou inquérito para apurar o possível vazamento de informações sigilosas.

Dilma afirmou que, enquanto não receber as respostas, não tomará nenhuma medida. Segundo ela, Lobão deu explicações por escrito e negou as acusações.

Questionada sobre a demora em trocar o comando da estatal após ter assumido o governo-- Dilma indicou Graça Foster para a presidência da Petrobras em 2012--, ela disse que tirou "aqueles que não eram considerados os melhores para a equipe" e que a demora se deu para não agir de forma "abrupta".

Em defesa da gestão de Foster, Dilma disse que conhece e confia na colega.

"Conheço os méritos da Graça e acho que ela adotou práticas mais efetivas e corretas. [...] Se houve alguma coisa, e tudo indica que houve, as sangrias que poderiam existir estão estancadas."

Logo depois, ao ser questionada, negou que tenha admitido irregularidades.

Candidata à reeleição pelo PT, ela criticou os ataques feitos por seus adversários em relação às denúncias.

"Acho muito estranho alguém falar em desmonte da Petrobras. Tirando esta questão que tem aparecido na campanha, a Petrobras é uma empresa primorosa."

Dilma disse que seus adversários "não podem esquecer os seus telhados". "Eu não vou ficar aqui falando do telhado de ninguém, mas eles devem olhar os seus telhados. O meu telhado tem a firme determinação na investigação. Ele é um telhado cobertinho pela polícia investigando, o Ministério Público com autonomia", disse, referindo-se a Marina Silva (PSB) e Aécio Neves (PSDB).

Dilma voltou a defender reforma política, fim do financiamento privado de campanhas eleitorais e maior participação popular. Ela concordou com o fim da reeleição desde que o mandato presidencial seja de cinco anos.

A presidente disse que, se for reeleita, tentará de novo convocar um plebiscito para uma reforma política.

Ela afirmou não se incomodar com o movimento "Volta, Lula", reavivado sempre que ela enfrenta dificuldades na campanha. Sobre uma possível volta de Lula em 2018, disse: "Eu apoiarei Lula em qualquer circunstância".


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