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PT prepara mudanças para Dilma em SP
Para tentar frear Marina, petistas defendem ajustes na TV e maior presença de ministros
Com a cobrança pública do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o PT prepara ajustes na campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff em São Paulo, onde ela vem perdendo espaço desde a entrada de Marina Silva (PSB) na sucessão presidencial.
Os petistas defendem que o programa da presidente na televisão intensifique a exibição de obras do governo federal no Estado, mostrando que foram liberados R$ 35 bilhões nas gestões de Dilma e Lula. A ideia é reivindicar participação nas vitrines eleitorais do governador Geraldo Alckmin (PSDB) que receberam verba federal, como o Rodoanel e o monotrilho.
Outra medida é explorar eventuais prejuízos econômicos que o programa de Marina pode trazer ao Estado. O PT alega que a proposta da adversária de cortar subsídios do IPI (Imposto Sobre Produtos Industrializados) para a indústria automotiva e a falta de prioridade para o pré-sal vão impedir o crescimento econômico de São Paulo.
Em outra frente, a campanha também quer reforçar a presença, em atos pelo Estado, de ministros com base eleitoral paulista, como Marta Suplicy (Cultura) e Aloizio Mercadante (Casa Civil), considerados puxadores de votos.
A última pesquisa Datafolha mostrou que a rejeição da presidente em São Paulo é de 45%. Com Marina na disputa, a intenção de voto da petista no Estado caiu de 31% para 23% --a pessebista tem 42%.
As mudanças foram debatidas na noite de domingo em encontro da cúpula do partido no Estado. Entre os presentes, estavam o coordenador de Dilma em São Paulo, prefeito Luiz Marinho, o presidente do PT, Rui Falcão, o prefeito Fernando Haddad e o candidato do PT, Alexandre Padilha.
Na reunião, também ficou acertada uma mudança de tom de Padilha na TV. O petista irá expor mais ações na área social e partirá para o ataque contra os adversários.
Outra aposta é investir mais nas falas do ex-presidente Lula e também nas imagens de Padilha em caminhadas, em contato com o eleitorado.
As mudanças, já testadas na segunda (8), tentam assegurar que o candidato conquiste o tradicional eleitorado do PT e se mostre como um diferencial em relação aos adversários.