Saltar para o conteúdo principal Saltar para o menu
 
 

Lista de textos do jornal de hoje Navegue por editoria

Poder

  • Tamanho da Letra  
  • Comunicar Erros  
  • Imprimir  

Painel

BERNARDO MELLO FRANCO (interino) - folha.com/painel

Tédio no Supremo

O novo presidente do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, prevê que as transmissões da TV Justiça serão "tediosas" em sua gestão. O ministro diz que o fim do julgamento em plenário de ações criminais contra políticos tornará as sessões pouco atrativas para a imprensa e a opinião pública. "Vai ser um tédio", comentou, em tom de brincadeira, em coquetel depois de tomar posse. A exibição de debates acalorados ao vivo marcou a era de Joaquim Barbosa no STF.

-

Na sombra Em maio, ainda na gestão Barbosa, o STF transferiu os debates sobre ações penais para as turmas, que têm cinco ministros cada. Integrantes da corte reclamavam do excesso de polêmica no julgamento do mensalão.

Pauta light Lewandowski diz que o plenário continuará a decidir casos importantes, embora com menos apelo. "Muitos assuntos de grande interesse ficarão lá."

Banda larga O presidente avalia a ideia de exibir as sessões de turma no site do Supremo. "A transmissão na TV não ocorrerá, mas na internet pode ser pensada".

Pátria distraída Para o ministro Luís Roberto Barroso, o público pode estranhar o fim da transmissão dos julgamentos de ações contra políticos. "O brasileiro costuma achar que tudo o que acontece a portas fechadas envolve tenebrosas transações..."

Fruticultura Embora também tenha sido favorável à mudança, Barroso diz que a TV Justiça, sem paralelo em outros países, foi um avanço para a transparência. "É uma bela jabuticaba", brinca.

Tomou bomba Pouco depois de ser alvo de críticas na posse do sucessor, Barbosa sofreu outro revés. Os ministros do TCU (Tribunal de Contas da União) rejeitaram proposta para agraciá-lo com o Grande-Colar do Mérito.

Revanche No STF, Barbosa fez duras críticas à atuação do TCU. Anteontem, dos nove ministros da corte, só José Jorge e Aroldo Cedraz se disseram a favor da comenda.

Depois eu vejo Lewandowski diz que não leu a carta de Lula justificando a ausência na posse. "Foram muitas mensagens. Ainda não tive tempo nem de respirar."

Olho na butique Marineiros e tucanos interpretaram o elogio de Lula ao "amigo" e "companheiro" Aécio, ontem, como um primeiro aceno pela neutralidade do PSDB em um possível segundo turno entre Dilma Rousseff (PT) e Marina Silva (PSB).

Ataque seletivo Um dia após Dilma sugerir que Marina é "sustentada" por banqueiros, o ex-presidente enviou condolências à viúva de Emilio Botín, do Santander. Chamou o banqueiro de "amigo" e "renomado líder".

Quem te viu Até outro dia, Lula se gabava de ter feito a festa dos bancos. "Não tem nenhum lugar do mundo em que o Santander esteja ganhando mais dinheiro do que no Brasil", disse, em julho.

Fino Do vice-presidente do PPL, Fernando Siqueira, em ato de marineiros no Rio: "A candidatura pode ser anulada pelo Ibama: Marina abateu um tucano e uma anta". A ex-senadora, apoiada pela sigla nanica, sorriu amarelo.

Deixa ele Em dois dias, advogados dos presos Paulo Roberto Costa e Alberto Youssef disseram à Justiça que desistiram de ouvir o depoimento de Renato Duque, ex-diretor da Petrobras que era ligado a José Dirceu.

Do gabinete "De Andrea Matarazzo (PSDB), sobre as ciclovias do prefeito Fernando Haddad (PT): "Para um projeto desses é preciso conhecer São Paulo de verdade, não pelo Google Maps".

>> com BRUNO BOGHOSSIAN e PAULO GAMA

-

tiroteio

"Dilma copia o PSOL ao acusar Marina de entregar o Banco Central aos banqueiros. O problema é que ela já faz o mesmo."

DE LUCIANA GENRO (PSOL), candidata à Presidência da República, sobre os ataques do PT à proposta de Marina Silva de dar independência ao BC.

-

contraponto

Santo remédio

No fim de julho, Lula discursou em encontro da CUT, em Guarulhos. Entre um gole de água e outro, explicou que, depois do câncer, ficava com a garganta seca quando falava. Ele lembrou sua época de sindicalista:

--Toda vez que eu estava na mesa do sindicato fazendo discurso e que a Tia do Bar percebia que eu estava com tosse, ela pegava uma lata de refrigerante, colocava conhaque dentro e levava pra mim...

Depois das risadas, o ex-presidente continuou:

--E eu não sei qual remédio ela colocava no conhaque, mas a tosse desaparecia!


Publicidade

Publicidade

Publicidade


Voltar ao topo da página