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Eleições 2014
Em 3º, petista patina no PR e aumenta críticas a tucano
Gleisi só tem 10% das intenções de voto, ante 44% de Richa e 28% de Requião
Nesta semana, Gleisi acusou gestão do PSDB de se apropriar de ações federais, como o Minha Casa, Minha Vida
Uma das principais apostas do PT, a ex-ministra Gleisi Hoffmann, candidata ao governo do Paraná, patina em terceiro lugar nas pesquisas e prepara um "intensivo" para tentar decolar na reta final.
A petista elevou o tom das críticas ao governador Beto Richa (PSDB), reforçou as imagens de Lula e Dilma na campanha e fará um ato simultâneo em 32 cidades para animar a militância.
Com 10% das intenções de voto, segundo pesquisa Datafolha desta semana, Gleisi está atrás de Richa (44%) e do ex-governador Roberto Requião (PMDB), com 28%.
Integrantes da própria campanha reconhecem que a ex-ministra da Casa Civil de Dilma "ainda não empolgou". Dizem que "ninguém imaginava" a estagnação.
A campanha da petista é luxuosa. Teve lançamento no maior teatro do Paraná, com Lula e Dilma. Investiu R$ 1,5 milhão até agora em marketing, possui uma equipe numerosa e tem percorrido todas as regiões do Paraná.
Registra, porém, um dos maiores deficits entre os candidatos a governador no país: gastou R$ 6 milhões, mas só arrecadou pouco mais da metade disso (R$ 3,4 milhões).
"Isso preocupa. Não está fácil", diz o ministro Paulo Bernardo (Comunicações), marido de Gleisi. De férias desde a semana passada, ele agora se dedica apenas à campanha da petista, rodando pelo interior e tentando fechar novas alianças com prefeitos em apoio à candidata.
Nesta semana, Gleisi intensificou a artilharia contra Richa --acusado de se apropriar de programas federais, como o Minha Casa, Minha Vida.
Lula e Dilma agora aparecem com maior frequência no horário eleitoral. Materiais de campanha com a foto dos dois foram levados ao interior.
A estratégia visa elevar a transferência de votos da presidente para Gleisi, já que Dilma tem 32% das intenções de voto no Paraná, enquanto a ex-ministra segue com 10%.
A candidatura prepara para a militância um ato em 32 cidades do Paraná neste sábado (13). O ritmo de viagens e carreatas deve crescer.
A coordenação espera que ela consiga arrancar na reta final: "A definição vai ser nas últimas duas semanas", afirma Paulo Bernardo. "Tem muito chão para andar."