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Candidata fala em comitê para encontrar técnicos
DO RIOA candidata à Presidência pelo PSB, Marina Silva, e seu vice na chapa, Beto Albuquerque, disseram nesta sexta-feira (12) que vão usar "comitês de buscas" para encontrar técnicos aptos a preencher os cargos na Petrobras, em autarquias e em órgãos técnicos como agências reguladoras e o Tesouro.
O objetivo, dizem, seria evitar a indicação política. Eles não detalharam como os comitês funcionarão.
Segundo Marina, "as agências estão desvirtuadas devido ao aparelhamento das diretorias".
"Vamos nomear quadros técnicos, que pessoas possam ir para esses postos pelo mecanismo de comitê de buscas para trazermos quadros independentes, com visão republicana, para melhorar os serviços e o ambiente para investimentos", disse a candidata, em palestra na Firjan.
EUROPA
Segundo Albuquerque, o mecanismo é usando por outros países.
"Na Inglaterra, quando quiseram encontrar alguém para dirigir o Tesouro, foram encontrar na Alemanha. Aqui, quando precisamos fazer o mesmo, perguntamos ao Renan [Calheiros, presidente do Senado], o Collor [senador], o [Paulo] Maluf.
No discurso aos empresários, Marina voltou a rebater as críticas de que é apoiada pela "elite" -em particular, as feitas por Dilma de atender os interesses dos bancos, uma vez que a educadora Neca Setúbal, acionista do grupo Itaú, integra a campanha.
"Criou-se um termo muito estranho: a luta do bem contra a elite. A elite não é quem tem dinheiro nem poder. É quem pensa estrategicamente, quem é capaz de se comprometer com o interesse público", afirmou Marina.
O Chico Mendes [ambientalista, morto em 1988] era elite do país. Neca Setubal, por mais que esteja sendo satanizada por ter dinheiro, é elite preocupada com educação, tecnologia. A elite é quem tem pensamento estratégico. A elite desse país são seus melhores filhos".
