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Marina diz que pretende manter meta da inflação

Candidata descarta elevação do índice, apoiada por economista de sua equipe

'Mantemos nosso programa. Qualquer opinião fora disso é isolada', disse, sobre fala de Alexandre Rands

FILIPE COUTINHO FERNANDA ODILLA DE BRASÍLIA

A candidata do PSB ao Palácio do Planalto, Marina Silva, reiterou neste domingo (14) o compromisso de manter em 4,5% a meta de inflação brasileira, caso seja eleita em outubro.

A Folha informou ontem (14) que o economista Alexandre Rands, integrante da equipe de Marina, propôs na semana passada a elevação da meta para acomodar alguns reajustes de preços, como os da conta de luz e da gasolina, que devem acontecer até o próximo ano.

Depois de participar de um comício em Ceilândia, cidade-satélite de Brasília, Marina descartou a ideia do aliado. "Nós estamos mantendo o que está no nosso programa. Qualquer opinião fora disso é isolada de uma pessoa."

A proposta de elevar a meta foi feita por Rands durante um evento organizado pelo Bank of America/Merrill Lynch na segunda-feira (8), em São Paulo. Participaram do encontro cerca de 500 investidores e executivos do mercado financeiro.

Desde 2005, o governo define como meta uma variação de 4,5% dos preços de produtos e serviços no Brasil. O sistema tem uma margem de tolerância, que permite que a inflação chegue a 6,5%.

É com base nesse indicador que o Banco Central define a taxa de juros que permitirá que os índices de inflação não ultrapassem o limite proposto pelo governo.

O sistema perdeu credibilidade durante a gestão da presidente Dilma. Desde 2010, a inflação tem fechado o ano acima de 4,5%. Economistas estimam que os índices de preços devem subir em torno de 6,3% em 2014 e 2015.

Rands defende a mudança da meta para criar um alvo que seja factível a ser perseguido pelo BC. Com isso, a confiança no sistema poderia ser recuperada.

DILMA

Contrária à proposta de Marina de formalizar a autonomia do Banco Central, Dilma afirmou neste domingo que a ideia defendida pela rival representa uma independência que não pode ser dada ao sistema financeiro.

"Independência é uma coisa, autonomia é outra. Independência é poder. O quarto poder não pode ser os bancos. Aliás, era de vocês [da imprensa]. Isso desde o século 19, começou lá na Inglaterra", disse Dilma, ao final de uma entrevista coletiva no Palácio da Alvorada.

Dilma defende uma autonomia relativa do BC. Para a petista, apenas desfrutam de independência os três poderes: Executivo, Legislativo e Judiciário. "Eu não tenho de escrever um programa [de governo] e dizer que sou a favor da independência do Banco Central. Eu não sou a favor. O Banco Central para mim não é um poder", disse.

Dilma reiterou que tal medida tiraria comida do prato dos brasileiros, como mostrou um dos anúncios de sua campanha na televisão.

"Um Banco Central que não tem como meta o máximo emprego tira sim. Tira comida e perspectiva da vida das pessoas", disse Dilma, lembrando em seu argumento que o BC dos Estados Unidos tem como uma de suas metas a manutenção da maior taxa possível de emprego dos americanos.

A inclusão do emprego entre as missões do BC brasileiro deve ser avaliada pela equipe de Marina, conforme revelou a Folha.

ÍNDIOS

Num encontro com líderes indígenas, no domingo (14) Marina afirmou não ter "posicionamento ideologicamente contra hidrelétricas". Ponderou, contudo, que os empreendimentos precisam ser socialmente e culturalmente viáveis.

Ela prometeu fortalecer a Funai (Fundação Nacional do Índio) e "manter, ampliar e aprimorar" as políticas de quotas para índios e negros.


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