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Procuradoria quer Renan condenado por improbidade

Presidente do Senado é acusado de receber de empreiteira em caso de 2007

Senador teria recebido propina para pagar despesas de relação extraconjugal; Renan não quis se manifestar

SEVERINO MOTTA DE BRASÍLIA

A Procuradoria da República no Distrito Federal enviou à Justiça, no último dia 2, uma ação de improbidade administrativa contra o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL).

A Procuradoria alega que o senador alagoano recebeu propina da construtora Mendes Júnior para pagar despesas que teve em uma relação extraconjugal com a jornalista Mônica Veloso, com quem tem uma filha.

A ação foi revelada pelo jornal "O Estado de S.Paulo" nesta sexta-feira (19) e remonta a um caso de 2007. Na época, a repercussão fez Renan renunciar ao cargo de presidente do Senado para salvar seu mandato de senador.

De acordo com os procuradores, Renan forjou documentos para justificar que tinha recursos para pagar as despesas com a jornalista e sua filha. O presidente do Senado também é acusado de ter enriquecido ilicitamente.

Na ação ainda é dito que Cláudio Gontijo, lobista da Mendes Júnior, fazia os pagamentos para Renan e que a construtora foi beneficiada por emendas parlamentares apresentadas pelo senador.

INVESTIGAÇÃO NO STF

Renan também está sendo investigado pelo STF pelo mesmo caso, num inquérito aberto em 2007. Pouco antes de ele tentar voltar à presidência do Senado, no ano passado, o então procurador-geral da República, Roberto Gurgel, chegou a apresentar denúncia contra o senador.

Gurgel acusou Renan pelos crimes de falsidade ideológica, uso de documento falso e peculato (desvio de dinheiro público).

Para justificar que dispunha de renda para fazer os pagamentos, Renan apresentou documentos e afirmou que obteve ganhos com a venda de gado. O suposto comprador, porém, negou que tenha adquirido bois do senador.

Na denúncia, Gurgel disse que Renan "não possuía recursos disponíveis para custear os pagamentos feitos a Mônica Veloso no período de janeiro de 2004 a dezembro de 2006 e que inseriu e fez inserir em documentos públicos e particulares informações diversas das que deveriam ser escritas sobre seus ganhos com atividade rural, com o fim de alterar a verdade sobre fato juridicamente relevante, qual seja, sua capacidade financeira".

O Supremo ainda não analisou a denúncia contra o presidente do Senado. Quando o fizer, e caso a aceite, ele se transformará em réu.

Procurado, Renan Calheiros informou, por meio de sua assessoria, que não iria se manifestar sobre o caso. A construtora Mendes Júnior, também por intermédio de sua assessoria, disse que desconhece a referida ação. A reportagem não conseguiu localizar Cláudio Gontijo.


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