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Eleições 2014

Rivais de Dilma exploram erro do IBGE para criticar gestão petista

Aécio diz que credibilidade dos dados estão 'em xeque' e Marina aponta 'depreciação' do órgão federal

Presidente evitou falar sobre o tema durante entrevista concedida após ato de campanha em São Paulo no sábado

DE BELO HORIZONTE DO ENVIADO ESPECIAL A CAMPINAS DE SÃO PAULO

Os principais adversários eleitorais da presidente Dilma Rousseff, Aécio Neves (PSDB) e Marina Silva (PSB), usaram o erro reconhecido pelo IBGE na divulgação de indicadores socioeconômicos do país para criticar no sábado (20) o governo do PT.

Em evento de campanha no Vale do Aço, em Minas Gerais, o tucano afirmou que os equívocos no cálculo de índices da Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) colocam "em xeque" a credibilidade do IBGE.

"Não se sabe mais em quem acreditar. Inclusive esses dados positivos, que poderiam estar sendo comemorados por todos os brasileiros, ficam sob suspeita. Ninguém acredita mais em dados desse governo", afirmou, apontando o PT como responsável pela "desmoralização" das instituições nacionais.

A candidata do PSB, Marina Silva, comparou o erro do IBGE com a situação pela qual passa a Petrobras --alvo de denúncias de corrupção envolvendo políticos-- e disse que os órgãos federais vêm sendo "completamente depreciados" por "maus gestores" indicados por Dilma.

"Infelizmente, instituições que eram respeitadas estão sendo completamente depreciadas no atual governo. É o que aconteceu com a Petrobras", disse em entrevista em Campinas (SP), onde participou de ato de campanha.

Segundo ela, "a mesma coisa está acontecendo com o IBGE", que é uma instituição importante, integrada por "pessoas dedicadas e éticas", mas que estão "submetidas a esse tipo de situação" por "má gestão".

Segundo o IBGE, a falha decorreu de um equívoco na projeção da população das regiões metropolitanas, o que afetou mais os dados de rendimento e analfabetismo.

SILÊNCIO DE DILMA

A presidente Dilma evitou falar sobre o erro do IBGE e deixou a coletiva de imprensa que concedeu antes de ato na zona sul de São Paulo na manhã de sábado sem responder perguntas dos jornalistas sobre o tema.

Dilma só abriu espaço para uma pergunta, sobre a suposta proposta de flexibilização de leis trabalhistas, que o PT tem usado nos últimos dias para desgastar Marina.

"Férias, décimo terceiro, hora extra... são conquistas. Não tem flexibilização nisso. Conquista não se flexibiliza, se defende", disse Dilma.

Na semana passada, Marina disse a empreendedores que as leis trabalhistas deveriam ser "atualizadas" mas não deu detalhes sobre a proposta. Desde então, especulou-se que a candidata poderia defender a "flexibilização" da legislação sobre o tema.

Após a repercussão da frase, a pessebista disse que "o compromisso é com o direito dos trabalhadores" e que jamais reduziria benefícios.

No fim do ato, Dilma fez minicomício e voltou a pregar o combate "sem trégua" à corrupção e que os eleitores vão ouvir "mentiras e boatos" na reta final da disputa.

"Doa a quem doer, atinja quem atingir, puniremos os culpados." Esse discurso está sendo usado para minimizar os impactos das denúncias envolvendo a Petrobras.


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