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Eleições 2014

PT repetirá na TV crítica de Aécio a programa de Marina

Campanha de Dilma dirá que PSB fez recuos porque propostas foram 'escritas a lápis'

Vídeo que irá ao ar nesta semana mostra inédito alinhamento entre tucanos e petistas no ataque à ex-ministra

DANIELA LIMA DE SÃO PAULO

O discurso que o candidato do PSDB ao Planalto, Aécio Neves, vem usando há dias para desgastar a rival Marina Silva (PSB) foi parar na nova propaganda do PT.

A campanha da presidente Dilma Rousseff preparou filme em que critica quem "escreve programa de governo a lápis" e afirma que é um risco a ex-ministra ser eleita porque ela não tem "firmeza em seus compromissos".

Na última semana, Aécio disse publicamente ao menos duas vezes que entregaria um programa de governo feito "a caneta" e não "a lápis", como seria o de Marina.

A fala é uma referência aos recuos que a campanha do PSB fez em pontos de seu plano, como a retirada de trechos que defendiam a ampliação de direitos dos gays.

O alinhamento no mote usado pelos dois principais adversários de Marina para atacá-la é inédito.

A publicidade de Dilma explora visualmente o raciocínio utilizado por Aécio. O filme começa com a imagem de uma mão escrevendo a lápis que "o pré-sal não é prioridade". Em seguida, a mesma mão aparece com uma borracha e apaga a frase.

"Se como candidata Marina mudou de opinião diversas vezes, imagina o que aconteceria se ela fosse presidente?", diz o locutor.

"Para ser presidente, é preciso ter firmeza em seus compromissos, não escrever programa de governo a lápis", continua. "Quem sempre volta atrás, nunca vai pra frente." A última fala é ilustrada com a imagem de um texto escrito a caneta: "Brasil, seguir em frente".

A peça, registrada na Justiça Eleitoral, vai ao ar nesta semana e se soma a outras feitas pelo PT para desconstruir Marina, com base em seu programa de governo.

A pessebista se tornou alvo de petistas e tucanos desde que, duas semana após entrar na disputa eleitoral, chegou a empatar com Dilma nas pesquisas de intenção de voto e rebaixou Aécio à terceira colocação. A duas semanas do primeiro turno, PT e PSDB vão intensificar os ataques.

Em agenda no Rio de Janeiro neste domingo, o tucano disse que "Marina não se preparou para essa disputa". Segundo ele, a adversária "é um conjunto de incoerências que se avolumam todos os dias".

Já a candidata do PSB, que realizou ato de campanha em Manaus, afirmou que não revidará as agressões que vem sofrendo dos adversários.

"Não faremos contra-ataque. Trabalhamos com a ideia da outra face. Jamais vou fazer com a presidente Dilma e o com o governador Aécio o que eles estão fazendo conosco", disse em visita ao Museu da Amazônia, onde aproveitou para criticar a política ambiental petista.

A campanha de Dilma avalia que conseguiu desgastar a imagem de Marina com a sequencia de críticas que tem feito à ex-senadora na TV.

O Datafolha mostrou que Marina caiu de 33% para 30%, mas ainda está numericamente à frente da petista nas simulações de um segundo turno entre elas.

Entre os tucanos, a estratégia é buscar um empate técnico com a ex-senadora na reta final desta etapa da eleição. Para isso, Aécio seguirá batendo em Dilma e Marina na TV. Ele, que chegou a estar quase 20 pontos percentuais atrás da ex-ministra, lida hoje com diferença de 13 pontos, segundo o Datafolha.

Na campanha do PSB, a ordem é unificar o discurso interno para evitar dar munição aos adversários, como ocorreu nas últimas semanas.

Nesta linha, o programa de TV vai explorar um tom emocional, mostrando que a história de Marina se confunde com a da população das classes C, D e E.

Aliados de Marina também iniciaram cuidadosa sondagem a tucanos para tentar medir com mais precisão qual será a posição que Aécio e o PSDB tomarão caso fiquem de fora do segundo turno.


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