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Dilma endossa PMDB e diz que PF não pode agir 'ao arrepio da lei'

Após Temer e Renan apontarem 'intimidação' a candidato no MA, presidente afirma que órgão é passível de erros

Candidata à reeleição prometeu tornar a prática de caixa dois crime eleitoral em um eventual 2º mandato.

MARIANA HAUBERT DE BRASÍLIA

Um dia depois da cúpula do PMDB criticar a Polícia Federal, a presidente Dilma Rousseff afirmou nesta sexta (26) que o órgão não pode atuar ao "arrepio da lei" e nem ser usado para fins eleitorais. Ela admitiu, porém, que a PF é passível de erros.

Na quinta-feira (25), o vice-presidente Michel Temer e o presidente do Senado, Renan Calheiros, acusaram a PF e o Ministério da Justiça de "intimidação" e de agir para atingir a candidatura do filho do ministro Edison Lobão (Minas e Energia), que disputa o governo do Maranhão.

A presidente disse que não é possível que o órgão possa comprometer processos eleitorais. Ela voltou a defender a autonomia da PF, mas disse que limites legais precisam ser respeitados.

"Não é possível fazer isso ao arrepio da lei, e isso nós vamos investigar. Não estou dizendo que foi feito", afirmou.

A reação do PMDB ocorreu depois que a comitiva do candidato, o senador Edison Lobão Filho, e do ex-ministro Gastão Vieira, que concorre ao Senado, teve bagagens, carros e avião revistados por agentes da PF no aeroporto de Imperatriz (MA).

Em entrevista no Palácio da Alvorada, Dilma disse que determinou ao ministro José Eduardo Cardozo (Justiça) conduzir a investigação sobre o caso com rapidez e rigor, inclusive para identificar quem denunciou e a quem interessava a revista na aeronave.

Os policiais alegaram terem feito a revista na noite de quarta (24) após denúncia, anônima, de que haveria dinheiro sendo transportado de forma irregular no aeroporto. Os policiais não encontraram nada errado com a comitiva.

A PF já abriu uma sindicância para apurar a conduta do delegado Paulo de Tarso Cruz Viana Júnior, responsável pela operação.

Em nota divulgada nesta sexta (26), a ADPF (Associação Nacional dos Delegados da PF) defendeu a atuação dos policiais que participaram da operação. A entidade afirmou que, enquanto órgão de Estado, a PF "não persegue, não intimida, mas também não se deixa intimidar".

PROMESSAS

Candidata à reeleição pelo PT, Dilma prometeu tornar a prática de caixa dois crime eleitoral em um eventual segundo mandato.

Além disso, se reeleita, Dilma pretende criar uma nova espécie de ação judicial que permita retirar um bem de uma pessoa que o obteve por meio ilegal, tornar crime com punição maior o enriquecimento ilícito, estabelecer nova estrutura nos tribunais superiores para permitir mais rigor e rapidez na investigação de pessoas com foro privilegiado e mudar a legislação para acelerar o julgamento de processos sobre desvio de recursos públicos.

"Acredito que o Brasil precisa ver reforçado alguns valores e alguns fundamentos. E um deles é o combate sem trégua à corrupção", disse.

MÍDIA

Em entrevista concedida a blogueiros, durante a tarde de sexta, Dilma defendeu a regulação econômica da mídia, sem detalhar como isso seria feito. Ela afirmou que o país já está maduro para este processo e que este será um tema de um eventual segundo mandato.


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