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Sarney volta a ser presidente depois de mais de duas décadas

FERNANDA ODILLA MATHEUS LEITÃO DE BRASÍLIA

COM DILMA, TEMER E MAIA FORA DO PAÍS, SENADOR RESUME RETORNO A CARGO A SOMENTE 'UM APERTO DE MÃO'

Depois de mais de 22 anos distante da principal cadeira do Palácio do Planalto, José Sarney (PMDB-AP), hoje no comando do Senado, volta hoje à Presidência do país.

Até sábado, quando a presidente Dilma Rousseff volta de viagem à Europa, Sarney vai, segundo ele, cumprir uma exigência constitucional de maneira discreta. Ele pretende ir ao palácio na manhã de hoje e despachar, se preciso, no próprio Senado.

Não há nenhum compromisso oficial na agenda dele.

Quarto na linha sucessória, Sarney assume a Presidência porque, além de Dilma, o vice-presidente Michel Temer e o presidente da Câmara, Marco Maia, também estão fora do país.

Aos 82 anos, Sarney comandou o Brasil de 15 de março de 1985 a 15 de março de 1990, período que consolidou a redemocratização do país e a elaboração da Constituição.

Eleito vice-presidente num pleito indireto, em 15 de janeiro de 1985, ele assumiu a Presidência em razão da internação de Tancredo Neves um dia antes da posse. Tancredo morreu em 21 de abril.

A última vez em que Sarney entrou no Planalto como presidente da República foi em 15 de março de 1990, quando passou a faixa para o eleito Fernando Collor.

Na ocasião, o último ato de Sarney como presidente foi assinar um decreto batizando uma barragem no Vale to Itajaí (SC) com o nome de governador Pedro Ivo de Figueiredo Campos, de acordo com o "Diário Oficial da União".

Agora, Sarney tenta tratar a nova missão sem muita empolgação e encara o retorno como "uma coisa de rotina".

Exercendo o último mandato de sua vida política, segundo ele mesmo já disse, Sarney disse que se sente já "tendo saído da Presidência".

Na noite de ontem, antes de embarcar para Portugal, o vice-presidente Michel Temer se encontrou na base aérea de Brasília com Sarney e o presidente da Câmara, Marco Maia. Com viagem prevista na manhã de hoje para o Panamá, Maia só dormiu como presidente interino.

Tratada como uma cerimônia reservada de transferência de cargo, o evento serviu para fotógrafos registrarem o momento dos três presidentes interinos do Brasil. Antes, eles haviam se encontrado na posse do novo presidente do Tribunal de Contas da União.

Questionado ontem à noite pela Folha sobre a experiência de voltar à Presidência, Sarney disse: "Foi só um aperto de mãos, meu filho".


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